Golpista não cumpriu com a promessa que fez para as famílias da tragédia da creche de Janaúba

 O governo ilegítimo de Michel Temer não cumpriu com a promessa de liberar R$ 8,7 milhões para ações de apoio à tragédia ocorrida na creche em Janaúba, na região do Norte de Minas, que já deixou 12 mortos. Seria R$ 3,7 milhões destinados à construção de duas creches e conclusão de uma quadra esportiva. Na área de saúde, R$ 4 milhões seriam destinados a dois hospitais onde as vítimas recebem atendimento e R$ 1 milhão para o reembolso de gastos da prefeitura de Janaúba.
Os recursos foram anunciados pelos ministros da Educação, Mendonça Filho, e da Saúde, Ricardo Barros, após reunião com o Temer. O prefeito Janaúba, Carlos Isaildon Mendes e a golpista deputada Raquel Muniz, também participaram da reunião no Palácio do Planalto.


Segue abaixo a matéria do jornalista Oliveira Júnior, de Janaúba
HOSPITAIS DE JANAÚBA AINDA NÃO RECEBERAM O DINHEIRO ANUNCIADO PELO MINISTRO DA SAÚDE, UMA SEMANA APÓS A TRAGÉDIA NA CRECHE

JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – Hoje, domingo, dia 19 de novembro, completam um mês e uma semana que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, esteve nesta cidade ocasião em que anunciou a liberação de R$ 2 milhões para os dois hospitais de Janaúba. No entanto, até o presente momento, o Hospital Regional e o hospital da Fundajan não receberam sequer um centavo desse recurso. Foi assegurado R$ 1 milhão para cada unidade hospitalar.
O ministro teria vindo uma semana após o trágico incêndio na creche municipal Gente Inocente. No dia 12 de outubro, em Janaúba, ele confirmou o que o governo federal teria anunciado no início daquela semana em Brasília a destinação de R$ 1 milhão para o reembolso da prefeitura referente a possível gasto na ação de socorro às vítimas do trágico incêndio.
Houve questionamento, uma vez que no mesmo dia o governo federal teria anunciado a destinação de R$ 2 milhões para o hospital da Santa Casa, de Montes Claros, e R$ 2 milhões para o hospital João XXIII, de Belo Horizonte, para onde foram algumas das vítimas do incêndio, e ainda há vítimas nessas duas unidades hospitalares. Entretanto, o Hospital Regional de Janaúba para onde teriam ido, inicialmente, todas as vítimas, e o hospital da Fundajan, que também receber maior parte das vítimas, ficaram de fora dessa destinação de recurso do governo federal.
Momento antes de deixar a cidade, o ministro da Saúde foi chamado por um grupo de lideranças (prefeito de Nova Porteirinha, Juracy Fagundes; o promotor de Justiça Jorge Barreto, o presidente da Fundajan, João Teago, e o médico Helvécio Albuquerque) que cobraram um posicionamento mais coerente do ministro da Saúde. Literalmente, o ministro levou um “puxão de orelha” (confira AQUI). Diante disso, o ministro Ricardo Barros (da Saúde) decidiu destinar o recurso R$ 1 milhão, anteriormente anunciado para o reembolso da prefeitura, para os dois hospitais.
Com a insistência das lideranças pelo fato de que o Hospital Regional e o hospital da Fundajan estariam prestes a paralisarem as atividades dias antes da tragédia na creche, o ministro da Saúde anunciou a destinação de mais R$ 1 milhão para as duas unidades janaubenses. Ou seja, o ministro Ricardo Barros garantiu que o município de Janaúba receberia R$ 2 milhões, cabendo à prefeitura realizar a transferência de R$ 1 milhão para o Regional e R$ 1 milhão para a Fundajan. Porém, até agora, isso não aconteceu.
O prefeito de Nova Porteirinha, Juracy Fagundes, que é presidente do Consórcio Intermunicipal da Serra Geral de Minas, ao qual estão associadas 16 prefeituras, e algumas lideranças deverão ir à Brasília esta semana, provavelmente na quarta-feira, dia 22 de novembro, para cobrar do ministro da Saúde o compromisso assumido no dia 12 de outubro em ajudar os dois hospitais de Janaúba que atendem além dos 16 municípios da região da Serra Geral, outros municípios do Norte de Minas e também do Sudoeste do estado da Bahia.

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