Após a publicação da matéria “Massacre: Operação policial em Minas deixa 25 mortos e nenhum deles policial”, o jornalista Marcelo Hailer, que assina o texto, começou a receber ameaças de morte e insultos LGBTfóbicos em suas redes sociais.

As ameaças tiveram início na noite deste domingo (31) e se intensificaram na manhã desta segunda-feira (1). Uma das ameaças afirma que vai rastrear o endereço do jornalista, executá-lo e depois divulgar o vídeo nas redes.
“Só espero que algum policial te ache e faça você explicar o porquê teria que ter algum policial morto”, diz um dos textos, que é respondido por outro usuário: “Pode ter certeza que faremos ele explicar direitinho. E depois postaremos o vídeo. Força e honra”.

Em outra ameaça, é dito ao jornalista que tiros de fuzil serão dados “em sua cara” e na “sua família”. “Vagabundo, amante de bandido filho da puta, homossexual nojento, aidético. Pena que não sobrou tipo de fuzil na cara da sua família, viado maldito de merda”, diz o texto.


Outro usuário diz que gostaria de dar “oito tiros na cara” do jornalista. “Lixo! Você é um desserviço como ser humano. Pena que moro em outra cidade, queria muito dar uns 8 tiros na sua cara. Viado nojento. Tua hora vai chegar”.


As ameaças ganharam intensidade depois que o deputado federal Eduardo Bolsonaro comentou o assunto e criticou a cobertura da imprensa.


Além disso, algumas páginas bolsonaristas marcaram o perfil do jornalista em suas publicações e estão incentivando pessoas a realizarem ameaças.

Até este momento, o jornalista já recebeu mais de cem ameaças em suas contas nas redes sociais.

A Revista Fórum irá tomar todas as medidas legais cabíveis contra os responsáveis pelas ameaças e repudia ataques ao exercício do jornalismo e à liberdade de imprensa. Hoje, infelizmente, a violência contra jornalistas parte do presidente que ocupa o Planalto e seus filhos, que alimentam uma rede de ódio.

Revista Fórum

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