Magistrados estão recolhidos em Batalhão da PM por determinação de desembargadores do TJES. Ação penal é decorrente de crime praticado na Vara da Fazenda Pública de Vila Velha

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) decretou a prisão de dois juízes acusados de atuarem num caso de venda de sentenças no Estado. Alexandre Farina e Carlos Alexandre Gutmann se apresentaram às autoridades e foram encaminhados para um quartel da Polícia Militar, na capital Vitória.

As prisões foram decretadas na esteira das investigações iniciadas na Operação Viva Alma, que apurou denúncias de um esquema de venda de sentenças na Vara da Fazenda Pública de Vila Velha, encabeçada pelo magistrado Alexandre Gutmann. Ambos os juízes já tinham sido afastados preventivamente de suas funções no Judiciário pelo TJES.

A descoberta

Após a apreensão do celular de um policial civil acusado de manda matar a ex-mulher, em 2017, os promotores descobriram mensagens entre ele e o juiz Alexandre Farina que indicavam a existência de uma possibilidade de acordo entre o réu e o magistrado Gutmann, que julgaria seu caso. Farina fazia um papel, segundo o MP, de intermediador do esquema.

Dos 20 desembargadores do Tribunal de Justiça capixaba, 19 votaram pela prisão dos juízes. Um dos que decidiram acatar o pedido para prendê-los, Pedro Valls Feu Rosa, chegou a dizer que se o TJES não o fizesse, seria apontado pela sociedade como corporativista e que estaria oficialmente instaurada a desordem pública no Estado.

“Que se soltem então os demais presos, já que os juízes estão em suas casas recebendo seus salários, enquanto outros estão presos por crimes muito menos graves”, disse Feu Rosa.

Enquanto isso… perguntar não ofende: onde anda o  juiz Antônio Carlos Dias de Aguilar?

Ele, então juiz de Montes Claros, pendurou sua toga na janela do seu apartamento para repudiar a nomeação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, como ministro da Casa Civil , dizendo que seu ato expressava apoio ao povo brasileiro que estava indignado com a situação do país. Esta sua atitude para agradar uma parcela preconceituosa da nossa sociedade, acabou conseguindo seu minuto de fama. Na época, sua indignação saiu até na Globo.

De lá pra cá, a corrupção triplicou no Brasil, e este tal juiz jamais pendurou sua toga em protesto contra a corrupção que assola esta País. Aliás, pendurou literalmente, ao aposentar-se com um salário diferenciado da maioria da população brasileira, mas continuas fingindo que as coisas estão numa verdadeira maravilha.

Já que perguntar não ofende, segue mais duas perguntinhas: onde anda sua indignada toga, Meritíssimo? E Vossa Excelência sabe quem é o atual ministro da Casa Civil de Bolsonaro e dos seus atos de improbidades?

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