A Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 128 milhões do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). A decisão foi do juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, João Batista Gonçalves, que atendeu a um pedido da Polícia Federal feito em dezembro passado, informa reportagem do Globo.
Aécio é acusado, no âmbito da operação Ross, de receber pagamentos de propina pelo grupo J&F em troca de favorecer as empresas do grupo caso ele tivesse sido eleito presidente da República em 2014, quando perdeu para Dilma Rousseff, que foi reeleita pelo PT.
A PF alega que Aécio usou os recursos ilícitos para comprar apoio de outros partidos, como o PTB. Por isso, a decisão também alcançou a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) e o ex-deputado federal Benito Gama (PTB-BA), que tiveram R$ 20 milhões bloqueados cada.
Sérgio Cabral detona o que resta da imagem de Aécio
Novo delator da Lava Jato, ex-governador do Rio teve convívio estreito com o tucano mineiro, que nunca saiu da praia carioca
Um dos alvos prediletos da Lava Jato, Aécio Neves pode ter melhor sorte que Lula e vir a ser julgado apenas por crimes eleitorais, escapando de uma prisão fechada. Mas, se puder preservar a liberdade, o tucano dificilmente conseguirá salvar a reputação, ou o que resta dela. Sua imagem pode ruir sob o peso de revelações do mais novo delator: Sérgio Cabral. O ex-governador do Rio detonou o deputado tucano, pelo que corre nos bastidores da Assembleia de Minas.
Já condenado a mais de 200 anos de prisão, Cabral decidiu contar tudo pela chance de um dia sair da cela com vida. O que lhe prometeram não se sabe, mas abriu a sua boca. E para as maiores baixarias, dizem alguns.
Cabral teve convívio estreito com Aécio, que o tratava por Serginho, tal a intimidade. A 1ª mulher de Cabral é prima de Aécio. Foram governadores à mesma época. Compartilharam amigos e momentos. Cabral tem tanto a dizer sobre Aécio que dedicou a ele um capítulo inteiro. Mas, será uma surpresa se as principais revelações se referirem a dinheiro.
Nunca se soube de algum ‘big business’ entre eles. De fato, Aécio não confiava em Cabral para certas tratativas. Por outro lado, tudo leva a crer que o ex-governador do Rio acompanhava de perto a agitada vida pessoal do mineiro em sua capital, inclusive as baladas.