O ministro Kassio Marques, indicado por Jair Bolsonaro, votou contra a suspeição do juiz Sergio Moro. Com isso, o resultado foi de 3 a 2 contra o ex-presidente Lula, a não ser que a ministra Cármen Lúcia mude seu voto. Com isso, Lula corre o risco de ser julgado em velocidade luz em Brasília, ficando fora da eleição de 2022 se condenado em segunda instância.

Ao que tudo indica, Kassio Nunes Marques recebeu o telefonema “Muda o voto porque o Lula passou o chefe nas pesquisas”. Celso de Rocha Barros, jornalista, no twitter

O habeas corpus não é o instrumento adequado para avaliar a suspeição de um juiz. Kassio Marques, em seu voto.

O ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro para o STF, já concluiu seu voto, depois de pedir vista do processo em que a Corte considera se o ex-juiz federal Sergio Moro foi ou não parcial na condução dos processos contra o ex-presidente Lula.

Ele votou contra a suspeição de Moro.

Votaram pela suspeição os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Haviam votado contra, anteriormente, a ministra Carmen Lúcia e o relator Edson Fachin.

Porém, isso aconteceu antes que Lewandowski admitisse no processo as provas obtidas pela Operação Spoofing, da Polícia Federal, que apreendeu mensagens trocadas entre Moro e procuradores da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba na posse do hacker Walter Delgatti Neto.

Se Moro fosse considerado suspeito, ficaria anulado o processo em que ele condenou Lula por supostamente ter recebido um triplex em Guarujá da empreiteira OAS.

A Corte tem o poder de estender a decisão ao caso do sítio de Atibaia, no qual a sentença foi dada pela juíza Gabriela Hardt.

A anulação, neste caso, de acordo com o que disse o advogado Pedro Serrano ao Viomundo, poderia cobrir inclusive todo o processo de investigação da Polícia Federal.

Neste caso, a PF teria de começar do zero no Distrito Federal, para onde Edson Fachin transferiu os processos do ex-presidente.

Fachin, ao anular as quatro ações que correram em Curitiba alegando que não era a jurisdição apropriada, manteve a possibilidade de que as provas fossem aproveitadas nos novos processos a serem movidos.

Lula recuperou os direitos políticos, mas a Justiça brasileira moveu-se numa rapidez extraordinária nos casos relativos ao ex-presidente, por isso o temor é de que os processos andem em Brasília em velocidade de luz.

Se as provas forem anuladas, no entanto, é certo que o ex-presidente poderia concorrer ao Planalto em 2022 sem condenações.

Via Viomundo

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