Tão célere em investigar e prender desde que foi criada, a força tarefa só agora foi atrás do grupo responsável pela arrecadação do ex-governador de Minas

Um atento observador da Lava Jato ficou com a pulga atrás da orelha na semana passada, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços do ex-presidente da Codemig, Oswaldo Borges da Costa, e outros aliados de Aécio Neves em Belo Horizonte.

Tão célere em investigar e prender desde que foi criada, em 2014, a força tarefa só agora, cinco anos depois, chegou ao tesoureiro do ex-governador mineiro. Segundo o observador, já em 2015 se sabia que “Oswaldinho” e o pessoal do DEOP (o então Departamento de Obras Públicas do estado) eram os responsáveis pela arrecadação de recursos para a campanha presidencial de Aécio. “Em qualquer botequim da cidade se falava nisso”, lembra.

Depois de cumprir mais de mil mandados de busca e apreensão, só agora a Lava Jato foi fazer uma batida na casa do tesoureiro. “Em todos esses anos, eles foram na casa de publicitários, executivos, empresários, políticos, advogados, só não foram na casa daqueles que foram denunciados ou delatados como sendo os operadores”, observa a fonte de Os Novos Inconfidentes.

Fica a pergunta no ar: isso aconteceu para que essas pessoas ganhassem tempo para esconder as provas ou foi porque, naquele primeiro momento, não havia interesse real de descobrir a verdade?

Via Os Novos Inconfidentes

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