Deputado Ricardo Barros (PP-PR) alega que o sistema de saúde brasileiro “está melhor” do que outros países. Diversas cidades já enfrentam colapso
O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que a situação da pandemia no Brasil “é até confortável” em relação a outros países. O comentário foi feito em entrevista à GloboNews, nesta quarta-feira (17), enquanto o parlamentar citava o número de mortes por milhão de habitantes no país e a quantidade de vacinados.
“Olhe bem a estatística, mortes por milhão, ou seja, o cuidado do sistema de saúde com as pessoas. Reino Unido, 1.853 [mortes por milhão], em 4º lugar. Estados Unidos, 1.609 por milhão, em 11º. Brasil, 1.300 mortes por milhão, em 22º lugar”, afirmou Barros.
“Então, nosso sistema de saúde responde, está melhor no tratamento às pessoas do que a maioria dos países de primeiro mundo que estão na nossa frente em número de vacinados, mas o Brasil é o 5º do mundo em número de vacinados. Embora tenha começado mais tarde, já são 10 milhões e 300 mil vacinados e 11 milhões e 600 que já pegaram Covid e estão imunes, então, a nossa situação, ela não é tão crítica assim. Comparada a outros países, é uma situação até confortável”, completou o deputado.
"Nossa situação não é crítica assim, comparada a outros países, é uma situação até confortável", diz Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados ???? (via @delucca) https://t.co/oTCwLJLsaf https://t.co/8fEREfcFlZ
— Jeff Nascimento (@jnascim) March 17, 2021
De acordo com levantamento de projeto ligado à Universidade de Oxford, o Brasil ocupa a 11ª posição em número absoluto de vacinados e a 89ª em relação ao percentual da população que já foi vacinada.
Além do atraso na vacinação, o país vive hoje o pior momento da pandemia do coronavírus, com recorde no número de mortes e diversas cidades enfrentando colapso no sistema de saúde. Entre esta segunda e terça-feira (16), foram registrados 2.842 novos óbitos, número que supera o recorde registrado na última quarta-feira (14), quando foram contabilizadas 2.286 mortes. Os dados foram atualizados com os números do Rio Grande do Sul.