– Montes Claros cria dezenas de pontos de coleta de lixo eletrônico, sem nenhum ônus para os moradores –

 – No destaque, Sandy Almeida apresentando as lixeiras eletrônicas –

 Por Girleno Alencar – Gazeta

A cidade de Montes Claros produz aproximadamente 2,8 mil toneladas de lixo eletrônico por ano, mas está reciclando apenas 25 toneladas, conforme dados divulgados no sábado de manhã, durante o Dia D do Lixo Eletrônico, realizado na praça Doutor Carlos e com o envolvimento das principais instituições de ensino de Montes Claros. André Lopes, da Lax Serviços Ambientais, explica que pela primeira vez é realizado evento desse porte na cidade e foram criados 30 pontos de coleta do material, para ajudar a população a desfazer desse lixo, com um aspecto curioso, sem nenhum ônus para os moradores. Ele reconhece que a quantidade reciclada é pequena, mas é o primeiro passo para resolver a situação. A sua empresa é a única com licença ambiental para esse tipo de atividade.


O coordenador André Lopes mostra sua produção
Depois de recolher o lixo eletrônico, André Lopes explica que faz a descaracterização do equipamento, procurando aproveitar alguma peça, como de metal, até mesmo para cobrir as despesas geradas pelo transporte do lixo até São Paulo. O que fica em Montes Claros, segundo ele, é usado no Projeto Recicla Jovem, que montou em parceria com a Igreja do Santos Reis, onde 20 adolescentes são capacitados a produzirem peças, em trabalho realizado por Sandy Almeida. Esse adolescente entra em oficina de capacitação, por um ano, para aprender a profissão. Uma das produções é a lixeira a partir da estrutura do computador, para receber lixo reciclado. A produção é vendida a R$ 150,00, enquanto a mesma lixeira sairia por R$800,00 no mercado convencional.

No mesmo stand, foi apresentado o projeto que usa óleo comum para produzir sabão, assim como se coleta garrafas que são transformadas em peças artesanais. Soraya Otoni explica que esse projeto é aplicado em 34 municípios do Norte de Minas, através do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável (Codanorte) e os resultados são altamente satisfatórios.

Fotos: Girleno Alencar

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