Ativista política Lucivânia Pinheiro Barbosa que viveu boa parte de sua vida em Taiobeiras, é acusada de participar da invasão do Palácio do Planalto e é presa em Santa Catarina

A ex-candidata a deputada de Campinas está envolvida no ataque aos três poderes. Lucivânia Pinheiro Barbosa gravou vídeos dentro do Palácio do Planalto durante o ato de terrorismo de bolsonaristas no domingo (8). Ela também é acusada pelo MP de injúria racial contra a vereadora Paolla Miguel (PT).

O caso de violência ocorreu durante sessão realizada na Câmara Municipal, em novembro de 2021. Na ocasião, a vereadora discursava sobre a importância de um projeto de sua autoria, o Conselho de Desenvolvimento e Participação e o Fundo Municipal de Valorização da Comunidade Negra, que estava entrando em votação. Naquele momento, segundo imagens registradas pela TV Câmara, um grupo de manifestantes negacionista que estava presente desde o início da sessão, protestando contra o chamado “passaporte da vacina”, referiu-se a Paolla como “preta lixo”.

Bolsonaristas antivacina fazem ataque racista a vereadora de Campinas

Nos atos criminosos

Lucivânia, contudo, também está envolvida nos atos terroristas que vandalizaram as sedes dos três poderes, em Brasília, no domingo. Ela gravou vídeos dentro do Palácio do Planalto durante o ataque. As imagens foram postadas em seu perfil, identificado como “Luh Pinheiro” e mostram as instalações depredadas. Em um dos trechos, ela chega a afirmar que “o Planalto é nosso e o Senado Federal também”. “Está tudo bem, não tem ninguém ferido. As bombas de gás, totalmente normal em confronto. Então fiquem tranquilos”, descreve Lucivânia.

Na gravação, ela menciona que a Polícia Militar do Distrito Federal “não dificultou em nada a entrada”. E pede aos terroristas que ataquem o Exército. “Nós não temos força para medir o Exército”, justifica ela. O nome, segundo o g1, não consta na lista do governo distrital com 277 nomes de presos pela invasão. Ex-candidata à Assembleia Legislativa de São Paulo, Lucivânia recebeu 1.286 votos em outubro do ano passado e está na suplência do Progressistas.

Por meio de seu Twitter, a vereadora Paolla Miguel ressaltou que, desde à época do crime, “a investigada e seu grupo já demonstravam relação com organizações supremacistas e golpistas ao exibir cartazes mencionando o QAnon, mesma organização acusada de invadir a sede Capitólio, nos EUA, dois anos atrás”, observou a petista. “Continuarei exercendo meu trabalho e atuando para inibir intervenções oportunistas de ódio, que confrontam a democracia para fazer valer seus interesses mais reacionários”, concluiu Paolla.

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