Herdeira nata da Custodinha, herdeira de todos os Santos de todos Reis e Rainhas.

Queridamente MADÁ…
Mulher negra que em vida, carregava a força e a negritude de um povo dos quilombos norte mineiro. MADÁ era mais que um naco dentro das narrativas históricas do legado dos protagonistas dos festejos de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. MADÁ verdadeira representante dos festejos de Santos e Santas das festas de agosto. MADÁ ficava de oitiva frente as prosas dos festejos, dançantes e cantantes de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Permanecia de espreita no portão de casa com Tico Lopes; cantador, dançante e fazedor de tambor a olhar o frenezir das bandeiras, fitas e cores dos santos e santas. MADÁ não se perdeu no tempo; apenas voltou no tempo ao ver o Mestre Antônio(Tone Preto) retornar de suas memórias, tempo de Antonio de Custodinha. Ela viu seu legado renascer… Saiu das cinzas da história de homens e mulheres negras, brancas e pardas feito fênix e ergueu o mastro para criação do Segundo Terno de Catopê de São Benedito. Esta era a sua missão custodiana na terra. MADÁ exalava da retina um brilho diverso, convexo e inserto de pura alma negra. MADÁ ícone de representação dos afrodescendentes e orgulho. MADÁ arturos e encantos se fez mãe, de DAMA se efetivou RAÍNHA, pediu passagem para outros planos. MADÁ zelou pela tradição da CUSTODINHA e pelo religioso. Agora se encontra na estrada de volta para a via-lactéa, brilhando como estrela viva a encantar asb noites de agosto. Sai dai menino e meninas travessos, MADÁ está passando de branco e rosa, feito flores de maio.
*Gy Reis Gomes Brito é professor doutor de antropologia da Unimontes e dançante do 2° terno de São Benedito

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