E AGORA! Vai haver uma autocrítica dos “checadores”?

A Luiz Inácio Lula da Silva com a minha bênção, pedindo-lhe para orar por mim, Francisco
 O Papa Francisco abençoou na quinta-feira, dia 2/8, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é mantido como preso político na sede da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril.
O Sumo Pontífice escreveu, de próprio punho, uma mensagem a Lula, que foi entregue ao ex-chanceler Celso Amorim após encontro entre os dois no Vaticano. Em espanhol, a mensagem do próprio punho do Papa diz: “A Luiz Inácio Lula da Silva com a minha bênção, pedindo-lhe para orar por mim, Francisco.”
No encontro com o ex-chanceler Celso Amorim, as palavras utilizadas pelo Papa Francisco para se referir à situação brasileira foram “interesse e preocupação”, o que demonstra que ele acompanha de perto a crise política e institucional do País. No encontro com Amorim, o Papa recebeu o livro A verdade vencerá, em que Lula narra sua luta contra tribunal de exceção que o persegue no Brasil.

Antes da audiência, o Papa já havia condenado ataques à democracia feitos pela mídia e pelo Judiciário e também enviado um rosário abençoado a Lula, por meio de Juan Grabois, consultor do Vaticano.

Todos se lembram que, um mês e meio atrás, os pretensiosos “checadores de notícia” disseram que era “falsa” a informação de que o Papa Francisco teria enviado um terço para o ex-presidente Lula.
Não era falsa e o próprio Vaticano fez uma corrigenda ao responsável pelo seu serviço de notícias em português, mas mesmo assim insistiram e nunca pediram desculpas públicas por terem levado, até, o Facebook a bloquear uma publicação do jornalista Renato Rovai.
Agora, Francisco foi além disso e enviou um manuscrito a Lula, por intermédio do ex-chanceler Celso Amorim, que o visitou, aliás na folha de rosto de outro exemplar do livro que recebeu: “Lula, A verdade vencerá”.
Recebeu-o numa visita pessoal, porque o Papa tem, mais que ninguém, consciência das liturgias do cargo e o Brassil tem uma representação diplomática que se relaciona com o Francisco que é chefe de Estado, no Vaticano.
O significado do gesto, porém, é inequívoco, evidente.
Aliás, Francisco maneja muito bem as entrelinhas do que comunica. A duração do encontro – uma hora – e permitir-se fotografar segurando o livro foram atitudes com significado, não acasos.
Infelizmente, a grande mídia brasileira – exceção à Folha, que registrou o encontro – preferiu jogar o fato na sombra do silêncio.

Papa também recebeu mãe de Marielle Franco

Da esq. para a dir.: Marinete da Silva, mãe de Marielle, Carol Proner, advogada e jurista, Papa Francisco, Paulo Sérgio Pinheiro e Cibele Kuss, pastora luterana representante da Conic.

O Papa Francisco também recebeu mais um grupo de brasileiros que o procuraram para denunciar a violação de direitos humanos no país. A comitiva era formada por Marinete Silva, mãe da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), assassinada em março, a advogada Carol Proner, co-autora de um livro que critica a condenação do ex-presidente Lula, a pastora luterana Cibele Kuss e Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro de Direitos Humanos e ex-coordenador da CNV (Comissão Nacional da Verdade).
O encontro ocorreu um dia depois de o santo padre ter recebido o ex-embaixador brasileiro Celso Amorim.

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