Os números do Datafolha divulgados neste Domingo (15) mudam em muito pouco o cenário das últimas pesquisas eleitorais.

Mesmo com a exposição de sua prisão, por horas e horas, na televisão, Lula segue com mais que o dobro das intenções de voto do segundo colocado, Jair Bolsonaro. São 31% contra 15% de Jair Bolsonaro e 10% de Marina Silva.

Nos cenários onde era colocado o nome de Marina, na edição anterior do Datafolha, Lula tinha 34 e 35%; Bolsonaro 16 e 17% e a candidata da Rede, de 8 a 10%.

Embora a Folha aponte um “enfraquecimento” de Lula, as simulações de segunto turno a desmentem: contra Bolsonaro ou Alckmin, Lula tem 48% dos votos totais (o que dá cerca de 60% dos votos válidos) e 46% contra Marina. Na pesquisa anterior seus resultados eram, respectivamente, 49, 49 e 47%. Um ponto percentual, claro, não tem significado numa pesquisa, bem menos que a margem de erro estatística.

Claro que há todas as razões do mundo para ter o pé atrás com uma pesquisa eleitoral, não apenas distante da data do pleito mas, também, num quadro de polarização que, provavelmente, pode criar intimidações na hora das respostas.

Mas fica claro que não foi com a ordem de prisão que se conseguiu tirar Lula da eleição. Podem até consumar isso, como candidato. Como influenciador de votos, com toda a evidência, não.

A identificação com o PT também passou de 16% a 19% e a legenda continua a ser a mais forte do País, com larga vantagem em relação aos partidos mais diretamente associados ao golpe, como PSDB e MDB.

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