Embora Zema tenha voltado atrás na sua proposta de aumentar em 41,7% o salário dos agentes da segurança pública, os 13% de reajuste efetivamente concedidos podem passar de R$ 5 bilhões. É quase toda a quantia que Estado pretende poupar com o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), R$ 6 bilhões.

Por Marcelo Gomes – Os Novos Inconfidentes
De acordo com a Secretaria de Planejamento, o reajuste será válido a partir do segundo semestre deste ano. E apenas nesse período a nova despesa será de R$ 1,1 bilhão. A pasta não informou qual o impacto nos próximos anos. Imagina-se então que em um ano completo o acréscimo na despesa seja de cerca de R$ 2,2 bilhões. Esses valores correspondem a todos os servidores da área da segurança pública, como policiais militares, civis, bombeiros e agente penitenciários, da ativa e aposentados.

A nova despesa vai comer a maior parte dos recursos que o governo Zema busca economizar com a adoção do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), cujo principal beneficio é a suspensão por até seis anos o pagamento com juros e parcelas da dívida que os mineiros possuem com Brasília. Seriam economizados R$ 6 bilhões.

Entre as condições para a entrada de Minas no regime fiscal está a impossibilidade de concessão de aumentos salariais. Agora, a equipe econômica de Zema estuda se ainda é possível a entrada do Estado no socorro federal.

Esta matéria foi feita com base no orçamento deste ano.

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