Os três patetas desembargadores do TRF4 condenaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem nenhuma prova.
O ex-presidente Lula que foi condenado pelos três patetas e atacou a elite brasileira, a quem chamou de “perversa”, e o desmonte da soberania nacional.
“Não posso me conformar com o complexo de vira-lata que tomou conta do nosso País”, afirmou. “É uma elite que quer falar grosso com a Bolívia e manso com os Estados Unidos. Foi a última elite a acabar com a escravidão no nosso continente.”
O ex-presidente chamou a grande imprensa brasileira de “mentirosa” e afirmou que a população está anestesiada. “Por que eles estão destruindo nosso patrimônio e não estamos reagindo com a força que deveríamos? Eles deram uma anestesia, eles inventaram essa ‘doença’ chamada PT. Ela causava um mal que era a ascensão das pessoas mais pobres”, ironizou o petista.
Lula afirmou que a “doença” está sendo substituída por outra pior. “É a doença de subordinar os interesses desta pátria de 200 milhões de habitantes.” O ex-presidente descreveu uma reunião que teve em 2002 com George W. Bush, então presidente dos EUA. “Ele disse que tínhamos de acabar com o Saddam Hussein, com o terrorismo. Eu respondi: ‘Meu país fica a 14 mil quilômetros do Iraque. Não conheço o Saddam. Eu não quero fazer guerra contra o Iraque, mas para acabar com a fome no meu País’.”
O petista também ironizou o chamado “mercado”. “Quando falam que o mercado não quer que eu volte, eu respondo que não preciso dele, mas sim, de empresas produtivas, de uma agricultura produtiva.” Em certa passagem o petista ainda provocou Luciano Huck, cotado como candidato a presidente. Ao cumprimentar os manifestantes presentes, Lula brincou que “quem está acostumado a trabalhar no Caldeirão (uma referência ao Caldeirão do Huck), tem de cumprimentar quem está na frente, atrás, na esquerda ou na direita”.
Por fim, Lula pediu unidade à esquerda. “Acredito que em algum momento a esquerda vai se unir. Não em torno de um candidato, mas de um projeto.”
Outros discursos
Dilma Rousseff defendeu que o Brasil precisa de Lula. “Este pais precisa de um homem. Pode ter precisado de uma mulher no passado, mas agora precisa do seu ex-presidente, para nos encontrarmos com nós mesmos, para que este Pais ferido, que está sendo estraçalhado por políticas conservadoras, tenha uma caminho de esperança.”
Dilma classificou a condenação em segunda instância como o terceiro capítulo do golpe, precedido por seu impeachment e pelo desmonte das políticas sociais dos governos petistas. “Nós temos a esperança de que o TRF4 reconheça que o País precisa de uma Justiça não política.” Dilma prometeu luta em todas as instâncias do Judiciário e garantiu que Lula é a única opção do partido para 2018. “Sempre me perguntam sobre um plano B. Sabe por que não? Quem acredita na inocência de uma pessoa seria um covarde em substituí-la.”
Pré-candidata à Presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila comemorou a unidade do campo progressista em defesa do direito de Lula se candidatar.” São as bandeiras vermelhas da nossa unidade, a unidade daqueles que compreendem que eleição sem Lula é golpe. Nós temos clareza disso no PCdoB. Por isso, marchamos unidos. Lugar de política é na eleição, não no Poder Judiciário”, afirmou.
Cogitado como possível candidato pelo PSOL, Guilherme Boulos, líder do MTST, afirmou que Sergio Moro é um “fantoche”. “Esse argumento falacioso de combater a corrupção, desde os tempos da UDN, é combater o avanço do nosso povo. Essa turma tem uma tara por apartamento, fizeram o mesmo com Juscelino Kubitschek”, afirmou, antes de criticar a elite do País. “Essa casa-grande é que vai estar sendo julgada, não pelos juízes do TRF, mas pelo povo brasileiro. Podemos ter qualquer diferença. Hoje e amanhã, é unidade democrática.”