Giselda Ferreira Moreira foi presa acusada de cometer crime de homofobia

 O Movimento Gay dos Gerais (MGG) ajuizou ação por crimes de homofobia contra Giselda Ferreira Moreira, que chamou Juneo Andrade Rodrigues de “gayzinho” e ”viadinho”, conforme Boletim de Ocorrência da Polícia Militar. Ela foi presa em flagrante. O fato aconteceu no domingo, 3, por volta das 21h, no bairro Jaraguá, próximo a rotatória do aeroporto.

Juneo Andrade Rodrigues, ao lado de Candinho, assinando procuração para o advogado Antônio Cordeiro Júnior

“Qualquer pessoa agredida, física ou verbalmente, deve exigir seus direitos e registrar um boletim de ocorrência, além de buscar a ajuda de possíveis testemunhas do ocorrido. E o MGG está à disposição das vítimas para ajudá-las no combate ao preconceito, apoiando no que for possível, para acabar de vez com crimes homofóbicos”, disse o presidente do Movimento Gay dos Gerais, José Cândido Filho, o Candinho.

O Brasil é o país onde mais se comete crimes homofóbicos no mundo. Uma das razões, na avaliação de Candinho, é o sentimento de impunidade, pois muitas vítimas, segundo ele, têm medo de denunciar os agressores.

A mulher, acometida de uma crise de ciúmes, apedrejou o carro da atual esposa do seu ex-marido e, na sequência, voltou-se contra o irmão dela, chamando-o de“gayzinho” e “viadinho”. O crime de homofobia foi presenciado pelos policiais.

É crime “praticar, induzir, ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da qualquer pessoa. As condutas LGBTIfóbicas, previstas no artigo 2º da Lei 7.716/1989, foram reconhecidas como criminosas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em junho de 2019.
A pena prevista é de 1 a 3 anos, mais multa, e pode subir de 2 a 5 anos se houver divulgação do ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social.

Fotos: MGG e redes sociais

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