Minas

Clima fica tenso dentro do PT e busca por unidade do partido em Minas parece distante

Pelo menos quatro candidaturas estão sendo articuladas na legenda A disputa pelo comando do PT em Minas Gerais se intensificou nas duas últimas semanas e expõe divisões internas que tornam a unidade da legenda no Estado uma meta distante. Ao menos quatro candidaturas à presidência do partido estão sendo articuladas, e um racha dentro do grupo que lidera o partido atualmente gera incerteza sobre o futuro da direção estadual. Em meio às brigas, quem ganha força é o grupo de lideranças próximas ao ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), Durval Ângelo. O embate interno do PT é tradicionalmente acirrado, mas neste ano o clima tenso ganhou contornos dramáticos após a divisão dentro do grupo Construindo um Novo Brasil (CNB), que atualmente tem maioria no diretório. A dissidência foi liderada pelo deputado federal Reginaldo Lopes, que rompeu com a direção do grupo em Minas, formado por figuras petistas de peso, como o deputado federal e ex-prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias; a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo; e o líder da oposição ao governo Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa, Ulysses Gomes. Aliados de Reginaldo Lopes disseram ao Aparte que foram forçados a tomar a decisão de romper e relacionam o racha com a disputa pelo comando nacional do PT. Esse seria o caminho para apoiar a candidatura do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, até agora o nome favorito do presidente Lula para a presidência nacional do partido. Na CNB mineira, por sua vez, a avaliação de pessoas ouvidas pela reportagem é que o uso da disputa nacional é apenas um argumento utilizado para justificar o afastamento de Reginaldo e garantir forças para um projeto pessoal do parlamentar. O entendimento dentro da corrente é que o assunto de sucessão na direção nacional está sendo conduzido pelo presidente Lula e terá apoio de toda a legenda quando houver uma definição sobre o tema. Aproveitando o momento O racha dentro da CNB aumentou a influência da “Tribo”, grupo político liderado por Durval Ângelo, que ainda não definiu oficialmente seu posicionamento na disputa. O grupo está dividido entre apoiar o atual presidente do PT em Minas, deputado estadual Cristiano Silveira, que busca a reeleição com apoio de Reginaldo Lopes, ou o deputado estadual Ricardo Campos, que tem o respaldo do ex-deputado Virgílio Guimarães e da prefeita de Contagem, Marília Campos. O apoio da “Tribo” é considerado fundamental para a estratégia de Cristiano Silveira e Reginaldo Lopes. Eles tentam fazer frente a antigos aliados da CNB, que devem apoiar a deputada estadual Leninha como candidata ao comando estadual do PT e contam com respaldo de diversos outros grupos da legenda. Uma eventual aliança com o grupo de Reginaldo também poderia ser vantajosa para a Tribo, que busca ocupar espaços de destaque na estrutura partidária, como a direção financeira do PT em Minas. Para viabilizar a parceria, o grupo tenta costurar um acordo entre Cristiano Silveira e Ricardo Campos. Porém, há resistências internas quanto à reeleição do atual presidente estadual do partido. Pessoas próximas à Tribo dizem, no entanto, que se as negociações não avançarem, o apoio a Cristiano Silveira seria a opção atual. Paralelamente, alas mais à esquerda dentro do PT se movimentam na disputa interna. Grupos críticos à aproximação do partido com setores da direita e do centro político ainda não definiram um nome para concorrer. Lideranças como os deputados federais Rogério Correia e Ana Pimentel, além da deputada estadual Beatriz Cerqueira, estariam trabalhando uma estratégia alternativa que possa garantir representatividade nos órgãos internos da legenda Via Jornal O Tempo

Leia mais... »
Minas

Morre Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, aos 77 anos

Político foi secretário de Aécio Neves e teve sua primeira vitória nas urnas após os 70 anos. Funcionário público de carreira, ele estava internado desde 3 de janeiro; com a saúde debilitada após por ter se curado de um câncer no fim do ano passado O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) morreu nesta quarta-feira, após sucessivas internações em decorrência da fragilização em sua saúde. Fuad estava internado no hospital particular Mater Dei, em Belo Horizonte, desde o dia 3 de janeiro, quando apresentou um quadro grave de insuficiência respiratória. Ele deixa sua companheira há 52 anos, a primeira-dama Mônica Drummond, além de dois filhos e quatro netos. Em nota, a prefeitura lamentou a morte. “Fuad Noman dedicou décadas de sua vida ao serviço público, sempre pautado pelo compromisso com a ética, o diálogo e o bem-estar da população de Belo Horizonte. Economista por formação, com sólida trajetória na administração pública, Fuad ocupou importantes cargos no Governo Federal, Governo de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte, sempre deixando marcas de competência, responsabilidade e sensibilidade social”, diz o posicionamento. Natural da cidade de Belo Horizonte, Fuad Noman se orgulhava de seus 55 anos de vida pública, mas seu ingresso em cargos eletivos é recente. Ele começou a trajetória como servidor de carreira do Banco Central do Brasil, passando posteriormente pelo Tesouro Nacional, pela Casa Civil e pelo Banco do Brasil. Entre 2012 e o fim de 2016 viveu uma aposentadoria programada em seu sítio, onde tinha a intenção de acompanhar o crescimento de seus netos. Em especial Isabela, a caçula de 15 anos, e que uma vez descreveu ao GLOBO como seu “xodó”. Sua proximidade com a política começou quando aceitou o convite do ex-governador Aécio Neves (PSDB) para ser seu secretário de Fazenda. No mandato de Antônio Anastasia (PSDB), continuou no secretariado, mas à frente da pasta de Obras, até 2010, e na presidência da Gasmig, até 2012. Tudo mudou quando Anastasia o convenceu a participar da transição de governo do ex-prefeito Alexandre Kalil. Fuad aceitou o convite, mas disse que voltaria ao sítio antes de Kalil tomar posse. A proximidade dos dois, naquele momento, se converteu numa proposta nova em janeiro de 2017, quando ele virou secretário municipal de Fazenda. Para a reeleição do político, foi alçado ao posto de vice e assumiu a prefeitura quando Kalil renunciou para concorrer ao governo do estado. Totalmente desconhecido, sua campanha no ano passado teve o intuito de apresentar o prefeito à população. Deu certo. Mesmo com 11% das intenções de voto em agosto, ele conquistou os belo-horizontinos com seus suspensórios e imagem afetuosa, chegou ao segundo turno e derrotou o bolsonarista Bruno Engler (PL). A morte de Fuad Noman pega de surpresa a população de Belo Horizonte, que havia o elegido para mais quatro anos de gestão. A legislação eleitoral prevê que o vice e interino desde janeiro, Álvaro Damião (União Brasil), assuma normalmente o posto. Prefeito de capital mais velho do país A eleição de outubro foi a primeira que ele disputou, aos 77 anos, como cabeça de chapa. A vitória transformou Fuad no prefeito de capital mais velho do país. Em entrevista ao GLOBO, no dia seguinte ao triunfo, ele ressaltou que aquela seria a maior realização de sua vida e chamou o mandato de seu “último cartucho”. — Eu não quero ser governador, senador ou deputado. Meu sonho era ser reeleito prefeito para terminar as obras que comecei. Vou terminar meu mandato com quase 81 anos, e não faz sentido procurar mais aventuras como essa. Espero ter saúde para conseguir concluir o mandato e fazer o que tem de ser feito. Depois, vou para casa. Espero que esteja tudo bem. Meus netos, a essa altura, já vão estar formados, casando. Ainda estou cheio de saúde, graças a Deus, mas de fato será meu último cartucho — disse na ocasião. Saúde fragilizada Reeleito em outubro deste ano para governar a capital mineira, Fuad passou pela campanha eleitoral em tratamento contra um linfoma abdominal, tipo de câncer sanguíneo. Às vésperas do pleito, contudo, anunciou a remissão total do tumor. Dois dias antes de dar entrada no hospital pela última vez, em janeiro, Fuad tomou posse como prefeito de Belo Horizonte remotamente, uma vez que foi impedido de estar presencialmente na solenidade por recomendação médica. O vice-prefeito Álvaro Damião (União) leu uma mensagem enviada por Fuad na qual ele agradecia aos médicos pelo tratamento do câncer e também pelos atendimentos recentes, projetando estar “pronto para essa nova batalha do segundo mandato”. Esta, contudo, foi sua última aparição pública. Ao longo dos quase três meses hospitalizado, chegou a deixar a UTI, e passar períodos sem ventilação mecânica, mas na noite desta terça-feira, sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimado. Desde que ganhou as eleições, esta havia sido a quarta hospitalização: o prefeito também teve pneumonia, neuropatia, sinusite e diarreia, quadros que o levaram à breves internações por se tratar de um paciente idoso e recém-curado de um câncer

Leia mais... »
Educação

Prefeitos mineiros se reúnem com Cármen Lúcia para tratar de ICMS da Educação

Encontro irá abordar perdas que os municípios tiveram em 2024 a partir da nova legislação Chefes do Executivo de cidades mineiras se reúnem nesta quarta-feira (19 de março) com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, em Brasília, para tratar da Ação Direta de Inconstitucionalidade relacionada ao ICMS da Educação e às perdas que os municípios tiveram em 2024 a partir da nova legislação. Está prevista a participação do prefeito de Belo Horizonte em exercício, Álvaro Damião (União), e das prefeitas de Contagem, Marília Campos (PT), e de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT). As prefeituras questionam a Lei 24.431/2023, que alterou os critérios de distribuição do ICMS da Educação no Estado. A nova legislação desconsidera o número de alunos em cada rede municipal de ensino para dividir os recursos, baseando-se em índices de desempenho de estudantes, o que tem gerado distorções, sobretudo para as cidades mais populosas. Conforme noticiado por O TEMPO, nos nove primeiros meses de 2024, os dez municípios mais populosos do Estado perderam, juntos, quase R$ 325 milhões. As cidades mais afetadas pela mudança na legislação foram Belo Horizonte, Contagem e Betim, cujas perdas somaram R$ 196,8 milhões no período, o que representa mais da metade do montante (60,5%). Em novembro do ano passado, os prefeitos mineiros também se reuniram com Cármen Lúcia. Na ocasião, a ministra do STF sinalizou que iria apresentar ao plenário o pedido de medida cautelar na ação que questiona a constitucionalidade da Lei do ICMS da Educação. A magistrada é a relatora do caso que tramita na Corte.

Leia mais... »
Minas

Em um ano, mortes provocadas pela polícia em Minas Gerais crescem 47%

Em 2023, 133 pessoas foram mortas por policiais no Estado; no ano passado foram 195 Um relatório divulgado recentemente pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) mostrou que os óbitos causados por policiais aumentaram 47% no Estado em 2024 na comparação com 2023. De acordo com o documento, em 2023, 133 pessoas foram mortas por policiais em Minas Gerais, enquanto no ano passado foram 195. Mas os dados revelam outra informação preocupante: quando se compara com o início da série histórica, em 2018, o crescimento revela-se ainda maior, de 65,2%. Naquele ano foram 118 mortos. O relatório ainda mostra que a maior parte dos autores das ocorrências em 2024 era composta por militares (98,1%), na maioria entre 30 e 39 anos completos (55,9%), com patentes, geralmente, de cabo (32,3%), terceiro-sargento (24,3%) e soldado (21,5%). Conforme o MPMG, o uso da força, quando desproporcional e excessivo, pode representar uma violação aos direitos humanos e um erro de aplicabilidade de procedimentos operacionais. “Por isso, ações policiais resultantes em letalidade devem ser alvo de apurações, tanto internas como externas, com o objetivo de explicitar se os devidos procedimentos operacionais foram seguidos e se houve eventuais abusos do uso da força por parte dos agentes envolvidos”, ressalta o documento. Solução O uso de câmeras nas fardas policiais é uma das soluções apontadas pelo documento do Ministério Público de Minas Gerais como importantes para diminuir a letalidade policial, assim como o fortalecimento de ações de controle externo da atividade policial e a atuação do Ministério Público Estadual para coibir situações de uso desproporcional da força policial. De acordo com o MPMG, “entre essas medidas respaldadas pelas evidências disponíveis, devem constar o uso de câmeras corporais, importantes para redução tanto da letalidade quanto da vitimização, e a criação de sistemas de alerta que permitam a identificação de policiais em processo de escalada de condutas violentas e o seu direcionamento a treinamentos operacionais, ou mesmo o desligamento da instituição”. Posicionamento A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para ter um posicionamento, mas até a publicação desta matéria não havia obtido retorno. Maior parte dos casos está ligada ao tráfico Especialista em segurança pública, Jorge Tassi ressalta que há ocorrências que são produto do mau trabalho policial. Para ele, além do uso de câmeras nas fardas, apurar as ações tomadas pelos profissionais é importante. No entanto, na opinião do especialista, embora uma abordagem equivocada seja feita por parte de alguns policiais, não é só isso que impulsiona o número de mortes provocadas por eles. “Os homicídios nas cidades também aumentam com o tempo, e a sociedade está mais violenta, o que pede um empenho maior e mais viril da polícia. Esse cenário é produto do crime organizado, da disputa dos criminosos em relação a pontos de drogas e das ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC)”, diz ele. A relação com o tráfico de drogas é corroborada pelo documento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Conforme o órgão, a maior parte das ocorrências que envolveram letalidade policial é relacionada ao tráfico de drogas (30,1%). Logo depois vêm as ocorrências ligadas a roubos (20,5%) e furtos (18,1%). Já as ações decorrentes de cumprimento de mandados somam 12,7%. Ainda conforme o documento do MPMG, o maior número de ocorrências com letalidade policial está concentrado em BH, com 15,1% do total. Contagem, com 7,8%, e Teófilo Otoni, com 6,6%, vêm em seguida. Ao todo, 51,2% das ocorrências foram registradas no interior de Minas. ‘É uma tristeza ter medo da polícia’, diz mulher “A polícia agiu com muita brutalidade. Fiquei com bastante medo deles, mais do que de qualquer outra pessoa. É uma tristeza ter medo da polícia. Não tem nem lógica”. O desabafo é de uma mulher que estava em um bloco de Carnaval em Juiz de Fora, na Zona da Mata, no dia 1º de março, quando, segundo pessoas presentes no local, militares agrediram foliões enquanto tentavam conter um homem armado. A testemunha que estava no bloco de Carnaval em Juiz de Fora afirma que, embora o episódio não tenha terminado em morte, a abordagem violenta provocada pelos agentes de segurança, lhe gerou um trauma. No boletim de ocorrência, os militares afirmaram que foram agredidos pela população e que agiram em legítima defesa. Para a mulher, no entanto, o relatório do Ministério Público de Minas Gerais é um reflexo do que ela viu no dia do ocorrido, com a violência policial falando mais alto. “Esse relatório mostra como estamos vulneráveis”, questiona. (Jornal O Tempo)

Leia mais... »
Minas

Encontro discutirá importância da Agricultura Familiar

A Federação dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais de Minas Gerais (FAFER/MG) realizará na manhã do próximo sábado (22), no auditório da Câmara Municipal de Montes Claros, encontro estratégico voltado ao crescimento da agricultura familiar, fortalecimento dos sindicatos de agricultores, associações rurais e ampliação de políticas pública para o desenvolvimento sustentável do campo. Para o presidente da FAFER/MG, José Adailton Souza Aguiar, o Badu, o encontro será fundamental, uma vez que a maioria dos produtos que chegam na mesa dos brasileiros é oriundo da agricultura familiar. “A força da produção familiar é gigantesca. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calcula que cerca de 70% dos alimentos que chegam às casas brasileiras, como feijão, arroz, milho, leite, batata, mandioca, vêm de produções familiares. “Ou seja, além da agricultura familiar brasileira ser a principal responsável pelo abastecimento do mercado interno, ainda produz produtos saudáveis e sem uso de agrotóxicos”, comentou Badu, lembrando que os produtos de subvenção na nossa região, como o pequi, umbu, mangaba, coco macaúba, baru, entre outros frutos do cerrado, também serão debatidos no encontro, bem como os biocombustíveis.

Leia mais... »
Minas

Lula busca reforma ministerial e considera Pacheco para Indústria e Comércio

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) aguarda um convite formal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir sua possível entrada no governo. A movimentação faz parte de uma estratégia para destravar a reforma ministerial, com mudanças em pastas estratégicas. Nos bastidores, a ideia é acomodar Pacheco na Esplanada como primeiro passo para reorganizar a estrutura ministerial. O nome do ex-presidente do Senado é cogitado para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), atualmente sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Desde seu retorno a Brasília, no início da semana, o mineiro tem sido sondado por emissários do governo, e um encontro com Lula deve ocorrer nos próximos dias. Aliados do senador indicam que ele dificilmente recusaria a oferta, pois vê na pasta uma oportunidade de atuar em um setor técnico e alinhado ao seu perfil. A esses interlocutores, Pacheco tem afirmado que deseja “ouvir a proposta” do presidente. Além da questão ministerial, Pacheco avalia que uma aproximação com o governo pode fortalecer sua candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026. Apesar dessa possibilidade, ele também considera retornar à advocacia e deixar a vida pública. Lula, por sua vez, tem demonstrado interesse em apoiar Pacheco na disputa pelo governo mineiro. Em entrevista na terça-feira (11), o petista afirmou que o senador “pode ser o que quiser” e destacou seu apoio à candidatura. “Pacheco tem todas as qualidades para o cargo e contará com meu respaldo na eleição”, declarou. Anteriormente, Pacheco chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, hoje comandado por Ricardo Lewandowski, mas essa mudança foi descartada por enquanto.

Leia mais... »
Minas

Portela fecha o Carnaval do Rio de Janeiro com homenagem a Milton Nascimento

Última noite de desfiles também teve Mocidade, Grande Rio e Paraíso do Tuiuti, que emocionou Sapucaí com a história da primeira mulher trans do Brasil Fechando o Carnaval carioca, a Portela foi a última escola da samba a desfilar no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, já na madrugada desta quarta-feira (5), e fez uma emocionante homenagem ao cantor Milton Nascimento. O enredo, intitulado “Cantar Será Buscar o Caminho que Vai Dar no Sol”, contou a história do artista e a influência de sua música na vida dos brasileiros, retratando sua trajetória desde Três Pontas (MG), onde foi criado, até sua conexão com o Rio de Janeiro (RJ), onde vive atualmente. Desenvolvido pelos carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues, o desfile não se limitou a uma biografia tradicional. A obra de Milton foi apresentada como uma procissão cultural, partindo de Oswaldo Cruz, berço da Portela, e seguindo até as montanhas de Minas Gerais, terra natal do cantor. As alegorias e fantasias trouxeram referências a canções icônicas de Milton, como Maria Maria e Travessia, além de elementos que simbolizavam o movimento Clube da Esquina e a musicalidade mineira. As alas representaram momentos fundamentais da carreira do artista, desde sua infância em Minas Gerais até sua consagração como um dos maiores músicos brasileiros. O carro abre-alas trouxe um grande vitral azul e branco, remetendo à canção Cais, enquanto outras alegorias recriaram paisagens sonoras inspiradas em clássicos como Clube da Esquina nº 2 e Canção da América. Milton Nascimento veio no último carro da escola, cercado de artistas que fazem parte de sua trajetória, como Péricles, BK, Seu Jorge, Djonga, o ator Dan Ferreira e a escritora Conceição Evaristo. O futurismo A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu a última noite de desfiles do Grupo Especial do Rio, ainda na noite de terça-feira (4). Com o enredo “Voltando para o futuro – Não há limites para sonhar”, a escola apresentou sua visão futurista para o mundo, que explorou a interação entre o homem e a tecnologia, resgatando elementos que marcaram a trajetória da Mocidade nos anos 1990. O desfile, desenvolvido pelos carnavalescos Renato Rui de Souza Lage e Márcia Lage, contou com alegorias e fantasias que remetiam a uma viagem intergaláctica, combinando referências à astronomia, ciência e tecnologia. A comissão de frente era formada por robôs gigantes que usavam elementos high-tech, simbolizando a fusão entre o orgânico e o tecnológico. O fio condutor da narrativa foi a ideia de que o futuro não é um destino fixo, mas uma construção coletiva, impulsionada pelos sonhos e pela ciência. As alegorias, grandiosas e tecnológicas, misturavam referências a viagens espaciais, inteligência artificial e astrofísica, ao mesmo tempo em que evocavam a espiritualidade e a crença na força do pensamento como motor da transformação. Em uma das alas mais impactantes, dançarinos representavam seres híbridos, metade humanos e metade máquinas, questionando os limites entre natureza e tecnologia. A escola também abordou, de forma crítica, os desafios éticos da inovação, sugerindo que o avanço tecnológico deve estar a serviço da humanidade e da preservação da vida, e não da sua destruição. Xica Manicongo na Tuiuti A Paraíso do Tuiuti foi a segunda escola de samba a entrar na Sapucaí. Ela apresentou um desfile histórico com o enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”, homenageando a primeira mulher trans documentada no Brasil, que viveu no século XVI. A escola trouxe à tona a história de Francisco Manicongo, um africano escravizado que, ao se vestir e viver como mulher, foi condenado pela Inquisição, sendo posteriormente reconhecido como Xica Manicongo. O desfile, desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos, aprofundou-se na trajetória de Xica, desde sua origem no Congo até sua vida em Salvador (BA), onde enfrentou perseguições por expressar sua identidade de gênero. O desfile destacou a resistência de Xica em preservar sua identidade e espiritualidade, mesmo sob a opressão da escravidão. Entre os destaques que desfilaram pela Tuiuti, estavam as deputadas federais Érika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG); Indianarae Siqueira; e Eloína dos Leopardos, mulher trans pioneira no Carnaval e primeira rainha de bateria. As águas do Pará A Acadêmicos do Grande Rio foi para a avenida com o enredo “Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”. A escola mergulhou nas tradições culturais do Pará, destacando a Encantaria e figuras emblemáticas como as três princesas turcas — Mariana, Erondina e Jarina. Sob a liderança dos carnavalescos Leandro Bora e Gabriel Haddad, a Grande Rio trouxe para a avenida alegorias e fantasias que exaltavam a riqueza cultural paraense. Carros alegóricos grandiosos representaram a força das águas amazônicas e a mística das pororocas, enquanto alas coreografadas retrataram os rituais e danças típicas da região, como o carimbó e o siriá. A comissão de frente incorporou elementos da pajelança, simbolizando a conexão entre o mundo material e o espiritual. A bateria da Grande Rio, comandada pelo Mestre Fafá, trouxe uma batida que mesclou o samba com ritmos amazônicos.

Leia mais... »
Minas

Mais de 1,5 milhão de mineiros recebem Bolsa Família e Auxílio Gás em fevereiro

Mais de 1,57 milhão de famílias em Minas Gerais serão beneficiadas neste mês pelo Bolsa Família, programa de transferência de renda do Governo Federal. O investimento destinado ao estado ultrapassa R$ 1,03 bilhão, resultando em um valor médio de R$ 656,40 por família nos 853 municípios mineiros. O pagamento começa nesta segunda-feira (17/2) e se estende até o dia 28, conforme o cronograma baseado no final do Número de Identificação Social (NIS). Sete cidades mineiras terão o pagamento unificado devido a situações emergenciais reconhecidas pelo governo federal. São elas: Ipatinga, Coronel Fabriciano, Juramento, Divinópolis, Jordânia, Mata Verde e Pavão. Ao todo, 36.282 famílias dessas localidades receberão os benefícios de forma conjunta, dentro das ações de enfrentamento a desastres. Dentre os benefícios complementares do programa, destaca-se o Benefício Primeira Infância (BPI), voltado a crianças de zero a seis anos. Em Minas Gerais, 734.318 crianças estão incluídas nesse repasse, com um adicional de R$ 150 por criança na composição familiar, totalizando um investimento de R$ 100,88 milhões. Além disso, mais de 1,14 milhão de crianças e adolescentes de sete a 18 anos também receberão um complemento de R$ 50, bem como 60.470 gestantes e 27.569 nutrizes. O valor destinado a esses pagamentos supera R$ 54,37 milhões no estado. O Bolsa Família também prioriza grupos em situação de vulnerabilidade extrema. Em fevereiro, 69.240 famílias pertencentes a esses segmentos serão contempladas em Minas Gerais. Os beneficiários incluem 24.098 famílias em situação de rua, 3.328 famílias indígenas, 17.746 famílias quilombolas, 1.538 famílias com crianças em situação de trabalho infantil, 4.611 famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão e 17.919 catadores de material reciclável. O maior valor médio de benefício no estado é registrado em Espírito Santo do Dourado, onde a quantia chega a R$ 742,66. Em seguida, estão Água Comprida (R$ 727,03), Fortaleza de Minas (R$ 714,76), Durandé (R$ 710,75) e Perdigão (R$ 709,75). O Governo Federal também destina, em fevereiro, o pagamento do Auxílio Gás, voltado a famílias em situação de maior vulnerabilidade social. O repasse beneficia 466.006 famílias em Minas Gerais, garantindo um valor de R$ 106 por família para cobrir o custo integral de um botijão de 13 quilos de gás de cozinha. O investimento total é de R$ 49,39 milhões. No Brasil, o Bolsa Família atenderá em fevereiro um total de 20,56 milhões de famílias, alcançando os 5.570 municípios do país. O investimento federal é de R$ 13,8 bilhões, com um valor médio de R$ 671,81 por família. Entre os beneficiários, estão 9,12 milhões de crianças de zero a seis anos, 12,3 milhões de crianças e adolescentes de sete a 16 anos incompletos, e 2,6 milhões de adolescentes de 16 a 18 anos incompletos. Nos grupos prioritários nacionais, o programa alcança 240,8 mil famílias indígenas, 279,7 mil famílias quilombolas, 241,3 mil famílias em situação de rua e 385,2 mil catadores de material reciclável. Também são atendidas 13,6 mil famílias com crianças em situação de trabalho infantil e 62 mil famílias com integrantes resgatados de trabalho análogo ao escravo. Mulheres representam a maioria entre os responsáveis familiares do Bolsa Família: 83,52% dos beneficiários, totalizando 17,17 milhões. A Regra de Proteção permite que famílias permaneçam no programa por até dois anos mesmo após conseguirem emprego formal ou aumento de renda. Nessa situação, o benefício é reduzido para 50% do valor original. Atualmente, 2,92 milhões de famílias estão incluídas nessa condição. No Auxílio Gás, 5,43 milhões de famílias recebem o valor de R$ 106, beneficiando aproximadamente 16,7 milhões de pessoas. O investimento é de R$ 575,5 milhões. A região Nordeste lidera o número de beneficiários do Bolsa Família, com 9,4 milhões de famílias atendidas e um investimento de R$ 6,29 bilhões. O Sudeste vem em seguida (5,93 milhões), seguido pelo Norte (2,63 milhões), Sul (1,48 milhão) e Centro-Oeste (1,10 milhão). Entre os estados, a Bahia tem o maior número de beneficiários (2,47 milhões), seguida por São Paulo (2,46 milhões) e Minas Gerais (1,57 milhão). O maior valor médio de repasse é registrado em Roraima (R$ 737,15), Amazonas (R$ 726,04) e Amapá (R$ 719,43).

Leia mais... »
Minas

Depois de adquirir o Grupo Bretas, Supermercados BH compra a Rede Canguru

O Supermercados BH concretizou a compra da Rede Canguru, no Espírito Santo. A negociação foi fechada uma semana após a confirmação da aquisição do Grupo Bretas. Os valores da transação não foram revelados ainda. A formalização, agora, vai depender da aprovação do negócio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O BH foi a quinta rede supermercadista que mais faturou no Brasil em 2024, com uma renda de R$ 17,3 bilhões, sendo a maior de Minas Gerais. Com a compra da Rede Canguru, a rede mineira chegará a 41 lojas no estado capixaba. A expansão no Espírito Santo foi iniciada em 2023 com a aquisição de lojas do grupo EPA/DMA. Atualmente, há lojas do BH em 11 cidades, dentre elas Serra, o maior município do estado, a capital Vitória e Guarapari, um dos principais destinos turísticos do território. Oficialmente, nem Supermercados BH e nem Rede Canguru comentaram sobre o negócio. Somadas, são mais de 300 lojas da empresa chefiada pelo empresário Pedro Lourenço, também dono do Cruzeiro, em Minas e no Espírito Santo.

Leia mais... »