Contrariando Bolsonaro e a política do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a Secretaria de Estado de Saúde diz que decisão foi tomada após análise dos documentos técnicos da Anvisa
Minas Gerais não vai exigir receita médica para vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, a decisão foi tomada após análise dos documentos técnicos da Anvisa.
A pasta reforçou que toda campanha de imunização, até o momento, é feita sem necessidade de receita médica e segue sendo opcional. Nos casos de menores de idade, a única exigência é o acompanhamento dos pais ou responsáveis.
Conass desaprova prescrição médica para vacinação de crianças
O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde defende que não é necessário a prescrição médica para que crianças de 5 a 11 anos possam ser imunizadas contra a Covid-19. O Conass se reuniu nesta sexta-feira (24) pela manhã com o intuito de responder a declaração do Ministério da Saúde.
O documento intitulado de “Carta de Natal do Conass às crianças do Brasil” declara que “é esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá. A fraternidade vencerá. A medicina vencerá e vocês estarão protegidos”.
STF cobra explicações do governo federal sobre vacinação
O governo federal tem até o fim desta semana para explicar a realização de uma consulta pública sobre a vacinação de crianças contra o coronavírus. A decisão é do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que atendeu um pedido do partido Rede.
O documento defende que a vacina seja oferecida a todas as crianças, independentemente de prescrição médica, como defende o governo.
O presidente Jair Bolsonaro também tem até segunda-feira (27) para prestar explicações sobre uma suposta intimidação a servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A ordem é do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que analisou um requerimento do senador Randolfe Rodrigues.