– O Estado reteve esse ano R$30 milhões destinados à área da saúde de Montes Claros, com isso, a dívida com o município passa dos R$130 milhões desde 2017. A secretária municipal de Saúde, Dulce Pimenta, explica que essa retenção pode comprometer o atendimento à população, pois os serviços básicos passaram a ser realizados apenas com a receita municipal. Ela explica que, neste ano, o Estado pagou apenas R$2 milhões a Montes Claros, do repasse da urgência e emergência. Para agravar ainda mais, reduziu significativamente a quantidade de vacinas para picadas de escorpiões e cobras, colocando em risco a saúde de diversas pessoas.

No caso dos repasses, Dulce Pimenta lembra que está sem receber os recursos destinados a Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica e Atenção Básica. O mais grave é que Montes Claros aderiu à ata do Estado e precisa receber os recursos estaduais para executar esses serviços.

Uma das situações que mais preocupa a secretária é o repasse para as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes-aegypti, pois Montes Claros está em sinal de alerta nessa área. No dia 28 de junho, durante a visita do governador Romeu Zema à Montes Claros, o prefeito Humberto Souto fez a cobrança pública dessa dívida, mas sem sucesso. Montes Claros não tem esperanças de receber os R$100 milhões retidos em 2017 e 2018 e, por isso, foca o repasse de 2019.

Outro problema que preocupa a Secretaria Municipal de Saúde é a queda na quantidade de vacinas para atender as vítimas de picadas de cobras e escorpiões. Até o início desse ano, Montes Claros recebia 20 mil doses para atender os 11 municípios da sua microrregião. Porém, esse número caiu para 2.000 doses. O grave é que as doses para todos outros municípios do Norte de Minas foi cortada. Isso implica que as 2.000 doses locais passaram a ser usadas por toda população da região, implicando na vinda de pacientes de 85 municípios.

O que mais impressiona foi a reação do Estado: orientou a Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros a fazer uma campanha de sensibilização com a população para prevenir o ataque dos escorpiões e cobras. Dulce Pimenta explica que isso é difícil ocorrer, pois ninguém tem como evitar as picadas dos animais peçonhentos. O caso foi passada ao Colegiado dos Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais, para pedir uma ação rápida do Estado.

Via Jornal Gazeta

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