Para especialistas, a medida ajuda a reduzir o risco de transmissão da doença, principalmente em ambientes fechados
A partir do dia 10 de dezembro as lojas de conveniência, bares, restaurantes e similares, casas de festas e eventos, clubes de lazer e serviço, reuniões maçônicas, cinemas, shows artísticos, teatros e eventos desportivos somente poderão permitir a entrada e permanência de clientes, público e associados, maiores de 18 (dezoito) anos, que possuam o esquema vacinal completo, a ser comprovado mediante apresentação do cartão de vacinação ou aplicativo digital oficial, acompanhado de documento de identidade com foto. É o que prevê o Decreto Municipal 4.325, de 19 de novembro deste ano, assinado pelo prefeito Humberto Souto,
Para especialistas, a medida ajuda a reduzir o risco de transmissão da Covid-19, principalmente em ambientes fechados, e ganhou importância extra diante da chegada da variante Ômicron, cujos estudos preliminares apontam maior risco de contágio. O governo Jair Bolsonaro, porém, tem sido forte opositor da medida.
Para Bolsonaro, a medida é “uma discriminação” e afronta “a liberdade dos que escolheram não se vacinar”. Ele chegou a criticar esse tipo de medida quando discursou na Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. Nas redes sociais, os apoiadores do presidente também atacam esse protocolo.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também defende a adoção do passaporte de vacinas nos protocolos sanitários, inclusive nos diversos ambientes de trabalho, como bares e restaurantes, escolas e universidades, comércio e serviços. Para os cientistas da instituição, a medida é necessária até que haja um cenário menos incerto da pandemia e a vacinação avance ainda mais.
O Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB), alertou em setembro, em nota técnica, sobre a urgência da ampla utilização de testes rápidos de antígeno em eventos de fim de ano e carnaval. Além de recomendar a sua adoção, a entidade aponta que esses exames rápidos podem ser executados em dispositivos simples e de fácil operação. Isso permite o uso fora dos laboratórios, em larga escala, em ambientes como festas, shows e grandes eventos. No Brasil, já existem diversos testes rápidos de covid no mercado, como os das empresas Abbott, Becton Dickison, Roche e Siemens Healthineers.