Nascida Altamira Rodrigues Sobral, a lutadora social mudou o nome para Maria do Carmo Ribeiro para se proteger da perseguição da polícia – Maria Prestes/Reprodução Twitter Ana Prestes

 – Pernambucana foi filiada ao PCdoB e um dos mais importantes quadros do comunismo brasileiro
Maria Prestes, militante comunista e viúva do líder revolucionário Luiz Carlos Prestes, morreu nesta sexta-feira (4), aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada com Covid-19 desde janeiro.

“O Brasil perdeu uma lutadora, uma mulher corajosa, firme e decidida. É uma perda para sua família, para todos nós do PCdoB e para todos e todas que lutam contra as injustiças desse nosso país”, lamentou o PCdoB em nota. Confira aqui na íntegra.

Maria Prestes é mãe de sete filhos de Luiz Carlos Prestes, com quem viveu junto por 40 anos. Filha de camponeses, a pernambucana trabalhou desde cedo no campo, até se tornar uma destacada militante do Partido Comunista Brasileiro e virar segurança de Prestes.

Nascida Altamira Rodrigues Sobral, a lutadora social mudou o nome para Maria do Carmo Ribeiro para se proteger da perseguição da polícia. Essa e outras histórias estão no livro de memórias “Meu companheiro Luiz Carlos Prestes”, lançado por ela em 2012.

“Maria Prestes se foi. Aos 92 anos, como seu companheiro Luiz Carlos Prestes. Mulheres como ela deveriam ser eternas tamanha a generosidade e resiliência q guardam em si. Fará muita falta. Guardarei sua força, sua luta, seu amor ao povo e sua coragem em homenagem à sua história”, escreveu a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

A cientista política Ana Prestes, colunista da Fórum, fez uma homenagem para a avó nas redes sociais. “Partiu uma grande brasileira. Dona Maria Prestes, que também foi Maria do Carmo ou Altamira ou todos os nomes que precisasse usar para seguir lutando por liberdade, democracia e justiça social. Uma comunista orgulhosa de sua luta e a mais maravilhosa avó que alguém poderia ter”, escreveu no Twitter. Ana e outros dois netos da militante lançaram um livro infantil em 2020 em homenagem à avó, “Minha Valente Avó”, pela editora Quase Oito.

Também nas redes sociais, outras lideranças políticas e militantes prestaram homenagens à comunista.

Revista Fórum

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