“Obrigada e até sempre”, escreveu a vice presidenta Cristina Kirchner; “incansável lutadora pelos direitos humanos”, escreveu o presidente Alberto Fernández
A presidenta das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, faleceu neste domingo aos 93 anos.
O governo argentino decretou três dias de luto em “homenagem a Hebe, à sua memória e à sua luta que estará sempre presente como guia nos momentos difíceis”.
O presidente Alberto Fernández, informou o Twitter da Casa Rosada, “se despede com profunda dor e respeito de Hebe de Bonafini, Mãe da Praça de Maio e incansável lutadora pelos direitos humanos”. Veja:
El presidente de la nación, Alberto Fernández (@alferdez), despide con profundo dolor y respeto a Hebe de Bonafini, Madre de Plaza de Mayo y luchadora incansable por los derechos humanos. pic.twitter.com/bzgtcopHRC
— Casa Rosada (@CasaRosada) November 20, 2022
“Querida Hebe, Mãe da Praça de Maio, símbolo mundial da luta pelos Direitos Humanos, orgulho da Argentina. Deus te chama no dia da Soberania Nacional… não deve ser coincidência. Simplesmente obrigada e sempre vinculada”, escreveu a vice-presidenta, Cristina Fernández de Kirchner, como despedida:
Queridísima Hebe, Madre de Plaza de Mayo, símbolo mundial de la lucha por los Derechos Humanos, orgullo de la Argentina. Dios te llamó el día de la Soberanía Nacional… no debe ser casualidad. Simplemente gracias y hasta siempre. pic.twitter.com/TVUfmywmAi
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) November 20, 2022
Quem foi Hebe de Bonafini
Bonafini nasceu em 1928 em um bairro popular da cidade de Ensenada, na Argentina e em 4 de dezembro completaria 94 anos.
Em 29 de dezembro de 1942, aos 14 anos, casou-se com Humberto Alfredo Bonafini, com quem teve três filhos: Jorge Omar, Raúl Alfredo e María Alejandra.
Em 8 de fevereiro de 1977, durante a ditadura militar, seu filho Jorge Omar foi sequestrado e desapareceu em La Plata. Em 6 de dezembro daquele mesmo ano, aconteceu o mesmo com Raúl Alfredo, em Berazategui. Um ano depois, em 25 de maio de 1978, a ditadura militar também sequestrou e fez desaparecer sua nora, María Elena Bugnone Cepeda, esposa de Jorge.
Em 1979, tornou-se presidenta da Associação Mães da Praça de Maio e, desde então, é reconhecida como uma incansável ativista pelos direitos humanos. Tornou-se amiga do Papa Francisco, que a tinha como uma referência na luta pelos direitos humanos.