Com base no Norte de Minas, ex-parlamentar também foi superintendente da Codevasf e diretor regional da Sudene.

Natural de Sete Lagoas, Roberto Amaral foi também diretor da Sudene em Montes Claros – Foto: MARCELO METZKER

Por Luiz Ribeiro – Estado de Minas

O ex-deputado estadual Roberto Amaral, de 84 anos, morreu na manhã desta sexta-feira (21/6), em um hospital de Belo Horizonte, onde estava internado. O velório será realizado neste sábado (22/7), a partir das 9 horas, no saguão da Assembleia Legislativa. O corpo será cremado na capital no mesmo dia.

Com base no Norte de Minas, Roberto Amaral exerceu mandato na Assembleia Legislativa no período de 1991 a 1994, retornando à Casa na legislatura seguinte como suplente.

Em seu primeiro mandato, filiado ao PTB, foi vice-líder do então governador Hélio Garcia. Em 1994, ele foi o relator do projeto-de-lei, sancionado por Hélio Garcia e que viabilizou a gratuidade do ensino superior na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), a antiga Fundação Norte Mineira de Superior (FUNM), estadualização pela Constituição Mineira de 1989.

Atualmente, a instituição conta com mais de 13 mil alunos matriculados com 11 unidades fora de sua sede nas regiões Norte e Noroeste do estado e no Vale do Jequitinhonha.

A Unimontes divulgou nota de pesar, na qual manifesta o reconhecimento ao ex-deputado como “um grande benfeitor do ensino superior público, com elevada contribuição ao desenvolvimento do Norte de Minas e do estado de Minas Gerais”.

Natural de Sete Lagoas, Roberto Amaral foi radicado em Montes Claros, onde o pai se destacou como comerciante. Formado em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) foi servidor de carreira do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e, por 13 anos, foi superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) em Montes Claros.

O ex-parlamentar foi responsável por importantes obras voltadas para o combate à seca no Norte de Minas.

No Dnocs, na década de 1960, ele atuou na construção da barragem do Bico da Pedra, no rio Gorutuba, em Janaúba, no Norte de Minas.

No comando da Superintendência Regional da Codevasf, liderou a implantação dos projetos de irrigação do Jaíba e Pirapora (nos municípios homônimos), viabilizados com água do Rio São Francisco); e Gorutuba, que aproveita água retirada da barragem do Bico da Pedra, entre os municípios de Janaúba e Nova Porteirinha.

Além disso, durante sua gestão na unidade regional de Codevasf, o órgão construiu diversas barragens que garantem o fornecimento de água para o consumo humano, manutenção das criações e para a produção agrícola no Norte de Minas. Entre obras que inaugurou estão as barragens de Itacarambi (município de São João das Missões) e Jiboia (município de São Francisco), Mocambinho (Porteirinha), Sao Domingos, Canabrava e Pedro Jú (municípioi de Francisco Sá).

Por um curto período (no final da década de 1990), no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, exerceu o cargo de diretor regional da Superintenndência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em Montes Claros. Ainda na gestão de Fernando Henrique, a Sudene foi extinta, sendo “recriada” no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007.

Roberto Amaral deixou a mulher (Neide Peres Amaral) e quatro filhos: Roberto Mauro Filho, Greycielle, Priscila e Ronney.

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