A mortandade em alta escala de peixes no Córrego do Cintra, nas imediações da Praça das Tilápias, irritou os moradores do Grande Santa Rita, que foram surpreendidos na última sexta-feira (31) com mais um problema: centenas de peixes foram encontrados mortos. Ontem de manhã (3), quem faz caminhada no entorno da praça, teve que cobrir o nariz por causa do odor forte. As suspeitas dos moradores apontam a Copasa e a Empresa Municipal de Obras e Serviços Urbanos (Esurb) pela situação. É a terceira vez que ocorre esse problema nos últimos três anos. Ontem de manhã, o secretário municipal de Serviços Urbanos, Paulo Ribeiro, explicou que no mês de maio a Copasa foi multada em R$300 mil, por seis atos de infração. Começou o mês de junho com essa notificação da praça das Tilápias, que poderá ser transformada em multa.
O militar Daniel Leite, que faz caminhada todos os dias na região, explica que os moradores estão revoltados com a situação desde segunda-feira passada (27/5). Ele explica que a Copasa fez a limpeza dos tanques de decantação do bairro Alvorada e jogou os dejetos às 23 horas e, com isso, provocou essa mortandade. A mesma situação foi queixada pela dona de casa Marina Ribeiro, que suspeitava que fosse a Esurb a responsável pelo acidente ambiental, como ocorreu nas vezes anteriores. O vereador Edmilson Magalhães aproveitou o acidente para fazer barulho nas redes sociais, ameaçando tomar providências contra a estatal mineira, pois assegura que depois da tentativa de diálogo, acionará os órgãos competentes. Ele afirma que ocorreu o acidente na segunda-feira e voltou a se repetir na sexta-feira passada.
O secretário municipal de meio ambiente, Paulo Ribeiro, justifica que nos últimos 30 dias seis casos similares foram registrados pela fiscalização de meio ambiente e geraram multa de R$50 mil cada. Ele ainda explica que ontem (3) mandou notificar a empresa mineira, para fazer sua defesa, antes de ser multada. O secretário afirma que apesar da empresa assegurar 100% de rede de esgoto na cidade, isso não está ocorrendo, pois surgiram vários pontos de esgoto que infiltram no solo e compromete o lençol freático. Lembra que a cidade tem milhares de poços perfurados e, com isso, cresce o risco de algumas pessoas estarem consumindo água contaminada com esgoto. O GAZETA acionou a Assessoria de Imprensa da Copasa, mas ainda não recebeu a resposta da estatal.
Texto e fotos: Girleno Alencar – Jornal Gazta