Uma multidão de argentinos protestou contra a presença de Jair Bolsonaro no país, apontado como pária extremista e vergonha da América Latina. A manifestação foi convocada por movimentos sociais, sindicais e partidos de esquerda, contrariados com o ideário regressivo de Bolsonaro, sua aversão a direitos humanos e à proteção das minorias e a sua infame defesa aos ditadores e torturadores dos regimes militares da região.

Segundo a reportagem da revista Veja, “a concentração começou por volta das 18h na Praça de Maio, tradicional ponto de manifestações no centro de Buenos Aires, onde está a Casa Rosada. O movimento tem como principais motivadoras as organizações Mães e Avós da Praça de Maio, que há décadas pedem informações sobre seus filhos desaparecidos e netos sequestrados por agentes do regime militar argentino.”

A matéria acrescenta que “também participam as duas alas da Central de Trabalhadores da Argentina, a Federação Argentina LGBT, a Mesa Nacional pela Igualdade e contra Discriminação e a plataforma Ni Una Menos (Nem uma a menos), contra a violência às mulheres. Os manifestantes tocavam bumbos, como nos tradicionais protestos sindicalistas argentinos, e traziam cartazes com os dizeres ‘Fora Bolsonaro da Argentina’.”

A ligação tenebrosa entre Macri e Bolsonaro também foi lembrada, fazendo cair por terra a pretensão de se reeleger subscrita na agenda financista de Maurício Macri: “‘repudiamos a decisão de Mauricio Macri de receber Bolsonaro, um militar rodeado de militares’, afirmou a psicóloga Nora Cortiñas, uma das fundadoras das Mães da Praça de Maio. “Rechaçamos a vinda de Bolsonaro com todas as nossas forças. Ele não tem nada a fazer aqui. Pedimos que vá embora imediatamente. Ele é um genocida. Tem espírito de genocida”, completou ela à Cronica TV.”

Fotos: Simone Batista de Espiñ e Francis Picarelli

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