Frase de Collor de Mello poderá ser usada por Temer. Sozinho e abandonado, ele cancela jantar com base aliada

 – O jantar marcado para esta noite no Palácio da Alvorada, para tentar mostrar o apoio dos líderes governistas a Michel Temer foi cancelado.-

Não há mais o que ser servido aos sempre vorazes comensais do golpe.

O isolamento de Temer é evidente, o que comprova o fim de feira — ou de governo. Nem mesmo os habituais comensais do PSDB, DEM, PPS e do PMDB confirmaram presença.

Sem adesão para o jantar, Temer transformou o encontro numa conversa informal no Palácio da Alvorada.

Michel Temer já faz “hora extra” no cargo. Ele deverá renunciar, sofrer impeachment ou cassação no TSE. É questão de tempo. Pouquíssimo tempo, aliás.

A reforma trabalhista queimou ainda no forno e a previdenciária, o prato principal, estragou ainda nos temperos.

A batata de Temer assou e ele agora é um prato vazio e sujo, que despudoradamente oferece-se para ser lambido nas últimas migalhas.

Desta vez, ao contrário do que ocorreu naquela churrascaria quando da trapalhada da Carne Fraca, o que menos despertava o apetite era a carne.

Porque Temer foi trinchado, fatiado e descarnado por sua própria cupidez e, perdoem a rima, estupidez.

Se ele não fosse tão mau poeta, serviriam-lhe os versos de um bom, um ótimo, o Cartola:

E hoje quando eu passo

A gurizada pasma

Horrorizada como quem

Vê um fantasma

E um esqueleto humano assim vai

Cambaleando quase cai, não cai

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