“Quero que vocês aprendam que a gente não precisa diminuir o Estado para valorizar a iniciativa privada”, afirmou o presidente a investidores

Presidente Lula discursa na abertura da sexta edição do Brasil Investment Forum, no Palácio do Itamaraty, Brasília, DF 07/11/2023 (Foto: Marcelo Camargo/ABR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo federal não venderá ativos públicos durante o seu terceiro mandato. “Não vamos vender a cama para dormir no chão”, disse Lula nesta terça-feira (7) durante a abertura do Brasil Investment Forum. “Em todos esses encontros a gente vai levar projetos que o Brasil tem, coisas que estão em funcionamento, que queremos compartilhar com empresários brasileiros e estrangeiros. Eu quero que vocês saibam que no nosso governo a gente não vai tentar vender a cama para dormir no chão. A gente não vai vender ativos públicos. Vamos fazer com que se tornem tão competitivos e compartilhem relação com a iniciativa privada para que a gente possa melhorar”, disse Lula, segundo o jornal O Globo.

“Quero que vocês aprendam que a gente não precisa diminuir o Estado para valorizar a iniciativa privada. É importante a gente saber que o Estado, se ele não se meter a ser empresário, mas ele se colocar como indutor do desenvolvimento de um país, a gente pode ter o Estado fazendo investimento sadio para que a gente possa crescer”, ressaltou o petista em outro ponto do seu pronunciamento.

O posicionamento contra a privatização de estatais foi feito em meio ao debate decorrente da falta de energia em São Paulo na última sexta-feira (3), que afetou cerca de 2,3 milhões de consumidores. Até esta terça-feira cerca de 200 mil residências ainda estavam sem luz. A Eletropaulo, que atendia o Estado de São Paulo, foi adquirida em 2018 pela italiana Enel.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) têm planos de privatizar a Companhia de Saneamento estadual (Sabesp), ainda neste ano, mas o projeto vem enfrentando resistências na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A recente crise energética que afetou o estado, porém, fez com que até mesmo parlamentares da base aliada se posicionassem de forma contrária à privatização.

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