Norte de Minas
Redação

Motorista morre após perder controle de carro e atingir árvore na MG-401

Um motorista de 39 anos morreu em um acidente de carro na MG-401 em Jaíba, neste domingo (30). De acordo com a Polícia Militar, ele seguia no sentido Jaíba/Manga quando perdeu o controle da direção. O veículo invadiu a contramão e atingiu galhos e troncos de árvore. O motorista foi socorrido por uma equipe do Samu e foi levado para o Hospital Municipal Dr. Antunes Rocha. Ainda segundo a PM, ele sofreu ferimentos graves e morreu após receber atendimento médico. O veículo estava com documentação regular e foi liberado para uma testemunha.

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Norte de Minas
Redação

PC conclui inquérito de homicídio em Capitão Enéas e indica que vítima morreu em emboscada

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o homicídio de Ian Rodrigues Antunes Caldeira, de 28 anos, morto com seis tiros em Capitão Enéas no dia 27 de outubro. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (28), a corporação informou que três pessoas foram indiciadas pelo crime: o mandante, o executor e uma mulher que prestou apoio logístico. Segundo a PCMG, os três responderão por homicídio triplamente qualificado — por meio de emboscada, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. As investigações apontam que o crime está ligado ao tráfico de drogas e a uma dívida existente entre envolvidos. De acordo com o inquérito, a mulher de 23 anos, companheira do mandante, atraiu Ian com o pretexto de compra de um celular que ele havia vendido anteriormente. Ela também teria hospedado o executor por cerca de 10 a 15 dias em sua casa em Montes Claros, dando suporte à ação criminosa. O executor, preso posteriormente no estado de Goiás, confessou o crime. Ele relatou ter agido a mando do mandante para quitar uma dívida de drogas. Ainda segundo a polícia, ele receberia R$ 600 em dinheiro e meio quilo de cocaína como pagamento. Durante a análise do telefone do executor, foram encontradas imagens relacionadas à execução do crime. ‘Alvo sedutível’ A Polícia Civil ainda esclareceu que Ian não era o alvo principal. O verdadeiro alvo seria um traficante para quem Ian devia — e que, por sua vez, devia ao mandante, que tem extensa ficha criminal e ligação com facção criminosa. Como o traficante principal estava preso em Salinas, Ian acabou se tornando o “alvo possível”: alguém que poderia ser atraído para o local da emboscada.

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Norte de Minas
Redação

INMET emite alerta amarelo de tempestade com risco de granizo em Montes Claros e região até sábado (29)

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta de perigo potencial de tempestade em Montes Claros e cidades da região do Norte de Minas. O aviso, válido entre 28 de novembro de 2025, às 03h e 29 de novembro de 2025, às 03h, destaca-se o risco para ventos intensos de até 60 km/h e de granizo. O INMET divide os alertas em três níveis de severidade: O instituto alerta para chuvas de até 50 mm por dia e ventos intensos de até 60 km/h. Há um baixo risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos. As cidades que devem ser atingidas pelo alerta amarelo de tempestade, segundo o INMET, são: Confira a previsão do tempo para Montes Claros e outras cidades: Acesse a previsão do tempo Como se proteger de tempestades Em caso de emergências, informações devem ser consultadas junto à Defesa Civil, pelo telefone 199, e ao Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Problemas relacionados a cortes no fornecimento de energia e quedas de postes devem ser relatados à CEMIG pelo telefone 116.

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Norte de Minas
Redação

Incêndio destrói loja de variedades no Centro de Várzea da Palma

Um incêndio atingiu uma loja de variedades no Centro de Várzea da Palma, no Norte de Minas, na madrugada desta quarta-feira (26). O estabelecimento funciona no térreo de um prédio de três pavimentos e ficou completamente destruído, como mostram as imagens que circulam nas redes sociais. Ninguém ficou ferido. O Corpo de Bombeiros de Pirapora foi acionado por volta de 1h30 e atuou por cerca de sete horas no combate às chamas e no trabalho de rescaldo. A ação contou com apoio da Defesa Civil do município, que disponibilizou caminhões-pipa. Segundo os bombeiros, o fogo consumiu praticamente todos os objetos que estavam dentro da loja. As causas do incêndio ainda são desconhecidas, e o imóvel foi isolado.

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Minas
Redação

PF pede uso de tornozeleira para Euclydes Pettersen, mas Mendonça nega

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedidos de monitoramento, fiança e suspensão do mandato de Euclydes Pettersen Apesar do pedido da Polícia Federal (PF), o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o monitoramento eletrônico, o pagamento de fiança de R$ 14,7 milhões e a suspensão do mandato do deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG). Segundo investigações, o parlamentar teria recebido a mesma cifra milionária para assegurar proteção política à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Investigações da PF apontaram que a Conafer atuava como uma organização criminosa estruturada no esquema de fraudes em descontos associativos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Pettersen também foi alvo de operação da PF nesta quinta-feira (13/11). O deputado é chamado de “Herói E” nas planilhas de pagamento da Conafer e receberia valores mensais fixos por meio das empresas controladas por Cícero Marcelino, que, segundo a PF, seria um dos operadores financeiros da associação. “O deputado federal era, no relato da investigação, ‘a pessoa melhor paga na lista de propina’”, disse Mendonça, na decisão. As suspeitas da PF foram provocadas por repasses a Euclydes coincidentes com a liberação dos lotes de pagamentos do INSS à Conafer por meio dos convênios. “Referido parlamentar teria recebido ao menos R$ 14,7 milhões, mediante transferências fracionadas (‘smurfing’) para empresas como a Fortuna Loterias e Construtora V L H Ltda.”, relatou o ministro. De acordo com a PF, Euclydes seria uma “figura essencial”, já que era o responsável por intermediar o contato entre o presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, e os responsáveis por indicar os nomes para a presidência do INSS. Além disso, o deputado federal seria encarregado por “assegurar proteção política à entidade associativa”. Em nota à imprensa divulgada na manhã desta quinta, Euclydes afirmou que apoia “integralmente” o trabalho das autoridades e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. “Acredito na justiça, na verdade e na importância das investigações sérias, conduzidas dentro da legalidade e com total transparência”, respondeu. Presidente do diretório do Republicanos em Minas Gerais, o deputado federal ainda pontuou que “toda operação representa, para alguns, um fim, e para outros, uma libertação”. “Já fui alvo de duas operações: em uma delas, fui absolvido, e na outra, o Judiciário sequer recebeu a denúncia, por falta de provas que comprovassem qualquer prática criminosa”, apontou.

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Educação
Redação

Japonvar deixa Lontra para trás e fica em primeiro lugar no acesso à educação

Levantamento realizado pela Veredas Assessoria em Políticas Públicas Ltda, mostra que no norte de Minas, a qualidade da educação municipal é melhor em pequenos municípios. Os municípios com menos de 10 mil habitantes, no norte de Minas, têm melhor qualidade de ensino nas suas redes municipais do que aqueles com maior população e maior número de matriculados, na educação infantil (creche e pré-escola) e no ensino fundamental (5ª até a 9ª série). É o que demonstra um levantamento realizado pela Veredas Assessoria em Políticas Públicas Ltda, a partir da arrecadação do ICMS Educação, em 2.024. Em 2.024, os municípios de Japonvar e Lontra com menos de 9 mil habitantes e cerca de 1.000 alunos matriculados nas suas redes municipais de ensino, desbancaram Montes Claros com seus 418.381 habitantes e 48.547 alunos matriculados. Enquanto Japonvar arrecadou R$ 2.690.115, e Lontra R$2.614.937, Montes Claros arrecadou R$ 2.489.480,53, um pouco mais do que a capital do norte de Minas. Parece estranho, mas não é. A qualidade da educação é o maior parâmetro para o cálculo da pontuação e posterior arrecadação de cada município. A Lei nº 24.431, de 14/09/2023 alterou a Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009,(Lei Robin Hood) que dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios. Em Minas, 10% da arrecadação do ICMS deve ser distribuído para os municípios. Os principais critérios são: Índice de Desempenho Escolar; Adoção de medidas de equidade expressas no Índice de Rendimento Escolar; Atendimento Educacional e Gestão Escolar Que critérios são esses? Índice de Desempenho Escolar – taxa de participação dos estudantes nas avaliações; indicadores de nível socioeconômico dos estudantes, observadas as desigualdades entre os distintos grupos raciais e entre estudantes residentes em áreas urbanas e rurais. Este é o fator principal para ter uma boa arrecadação. Adoção de medidas de equidade expressas no Índice de Rendimento Escolar a) redução das desigualdades de acesso e permanência na educação básica, observadas as desigualdades entre estudantes negros e não negros e entre estudantes residentes em áreas urbanas e rurais; b) progressão dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, dentre eles os estudantes com transtorno do espectro autista – TEA. Atendimento Educacional, com apuração da taxa de atendimento educacional nos níveis e modalidades de ensino de responsabilidade do município, observando a) a oferta de educação em tempo integral; b) a ampliação do atendimento aos estudantes quilombolas e residentes em áreas rurais; c) a ampliação da taxa de alfabetização e escolaridade da população com 15 anos ou mais; Gestão Escolar – dados do censo escolar e indicadores de infraestrutura escolar, os recursos de acessibilidade, a formação dos profissionais de educação e a efetividade da gestão democrática das escolas, como eleição de diretores e participação social da comunidade escolar. Os dados são registrados e avaliados pela Secretaria de Estado da Educação. Esta elabora um Relatório e pontuação de cada município na área da educação. Encaminha à Fundação João Pinheiro que, junto com a Secretaria da Fazenda de Minas, calcula o índice de participação anual do ICMS de cada município. Os índices publicados em um ano são de informações e dados gerais de segundo ano anterior. Exemplo: os índices publicados, para o exercício de 2024, foram baseados em dados de 2022. Essa breve análise é sobre o valor da arrecadação. Estudos estão sendo feitos para avaliação e comparação dos critérios educacionais. BREVE ANÁLISE DO CRITÉRIO EDUCAÇÃO NA ARRECADAÇÃO DO ICMS, EM 2.024. REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO MUNICÍPIOS DO MÉDIO SÃO FRANCISCO DADOS COMPARATIVOS Critério ICMS – Educação Relatório Anual até 31 de agosto – SEE-MG A pontuação do critério Educação na distribuição do ICMS estadual garante um percentual significativo do total repassado aos municípios. Nos Critérios de distribuição percentuais do ICMS, o VAF – Valor Adicionado Fiscal tem 75,00% e a Educação tem 10,00%. Pontuação no ICMS Observa-se que o número de alunos matriculados, a partir da lei24.431/2023, não tem peso relevante nos novos índices calculados. A avaliação qualitativa é fundamental no estabelecimento de novos parâmetros. A tabela acima mostra que municípios com menos alunos matriculados receberam, em 2024, valores bem maiores que outros com grande número de alunos. Outro exemplo: Ibiracatu com seus 567 alunos matriculados, arrecadou R$ 2.378.673,67. Mais do que Januária com 4.716 matriculados que amealhou R$ 1.736.686,82, e Pirapora, com 4.653 matriculados, tendo a arrecadação de R$ 1.644.971,38. Outros municípios com menos de 10 mil habitantes e menos de 800 alunos matriculados como Campo Azul, Bonito de Minas, Luislândia e Verdelândia também superam Januária e Pirapora. “Os gestores municipais da educação devem repensar seus planos, programas e projetos, avaliando suas diretrizes, objetivos e metas, tendo como referência experiências exitosas de seus vizinhos muitas vezes desprezados”. comentou o presidente da Veredas Assessoria em Políticas Públicas Ltda, Álbano Silveira Machado Para mais informações  (38) 99878-4055 Email: veredas.consultoria1@gmail.com

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Norte de Minas
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Esposa do prefeito de Lontra era beneficiária do Bolsa Família

Uma investigação realizada pelo jornal O GLOBO revelou que Jaine Pereira dos Santos, esposa do prefeito de Lontra, Wesley Alves de Souza, mais conhecido como Wesley Construmendes (PSD), que é um empresário bem-sucedido no setor da construção civil da região, era beneficiária  do Bolsa Família, programa social do governo federal, que destina-se a transferir renda diretamente para famílias em situação de vulnerabilidade, com o propósito de minimizar a fome, combater a pobreza e assegurar acesso a direitos sociais fundamentais como saúde, educação e assistência social. Em sua prestação de contas, Wesley declarou a posse de um Hyundai HB20 e um caminhão Volkswagen avaliado em R$ 93,4 mil. Antes de se eleger, apresentava-se como empresário e comerciário, sendo que seu nome político faz alusão à empresa de construção civil Construmendes, operante na região. Apesar das tentativas de contato, as prefeituras envolvidas não responderam às solicitações do jornal O Globo. O ECN também buscou esclarecimentos diretamente com o prefeito, mas não obteve sucesso. Contudo, o espaço segue reservado para publicar sua posição assim que houver manifestação. Segue a matéria do O Globo Prefeitos que recebiam Bolsa Família tinham carros, terras e gados Excluídos do programa após tomarem posse declararam, na eleição de 2024, itens como R$ 250 mil em ‘animais de grande porte’, propriedades rurais e veículos avaliados em R$ 90 mil Por Bernardo Mello 26/10/2025 O cartão do Bolsa Família — Foto: Roberta Aline / MDSPrefeitos e vice-prefeitos excluídos do Bolsa Família após terem tomado posse nos Executivos municipais neste ano apresentaram declarações de bens à Justiça Eleitoral, nas eleições de 2024, que já sugeriam um perfil não condizente com o do programa. Levantamento do GLOBO identificou gestores que tinham, em seu patrimônio declarado, itens como R$ 250 mil em “animais de grande porte”, propriedades rurais e veículos avaliados em R$ 90 mil. Em outro caso, uma candidata beneficiária do programa doou o equivalente a 70% do que havia recebido pelo Bolsa Família naquele ano para a própria campanha. O Bolsa Família é voltado para pessoas cuja renda mensal é de até R$ 218, o que configura situação de pobreza. O cálculo leva em conta toda a remuneração, dividida pelo número de pessoas que compõem uma mesma “unidade familiar”: uma família de sete pessoas que tenha como renda total apenas um salário mínimo (R$ 1.518), por exemplo, se enquadra no programa. O beneficiário do programa precisa manter atualizados os nomes de outras pessoas com as quais divide a residência. Em janeiro, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) suspendeu o benefício das famílias que tinham, em sua composição, algum candidato eleito em 2024, considerando que o salário de prefeito, vice ou vereador excede os parâmetros do programa. Pente-fino Ao todo, segundo o MDS, cerca de 1,1 mil vereadores, 19 vice-prefeitos e sete prefeitos foram excluídos. Os nomes dos candidatos afetados só vieram à tona, porém, em outubro, após um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) da agência Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública. Os dados mostram que, em um terço (375) dos casos, o próprio eleito — 7 vices e 368 vereadores — era o beneficiário inscrito no programa. Uma delas é a vice-prefeita de Senhora dos Remédios (MG), Renata do Táxi (Solidariedade). Na campanha eleitoral, ela fez um Pix de R$ 5 mil em doação para a campanha de seu colega de chapa, o prefeito Gilberto do Mirante (PL). Até aquela altura, segundo dados do Portal da Transparência do governo federal, Renata havia recebido R$ 7,1 mil pelo Bolsa Família em 2024.   Procurada pelo GLOBO, a prefeitura não respondeu. Beneficiários do Bolsa Família não são proibidos de fazer doações para campanhas eleitorais, mas o governo federal exige que elas sejam compatíveis com seu perfil de renda. Em 2021, o governo publicou uma instrução normativa determinando o bloqueio do benefício para famílias que tivessem feito doação equivalente a meio salário mínimo (R$ 760) por pessoa ou mais. Em uma família de cinco pessoas, por exemplo, o teto para doação seria R$ 3,8 mil. — Quando a pessoa é beneficiária e faz doação, entendeu-se já na eleição de 2020 que isso pode configurar um alerta em termos de fiscalização e controle. Esse é um indicador até mais relevante do que se a pessoa figura, por exemplo, com renda de prestadora de serviço em campanha — afirmou a advogada Izabelle Paes Omena, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB de São Paulo e sócia do escritório Callado, Petrin, Paes & Cezar Advogados. Além de eleitos que eram beneficiários, há casos de prefeitos cujas esposas recebiam o benefício. Um deles é o de Cordeiros (BA), Devani Pereira (PDT): a primeira-dama Márcia Novais era beneficiária desde 2013 do Bolsa Família e recebeu, no ano passado, R$ 800 mensais do programa. Os repasses foram suspensos pelo governo federal em janeiro, após o início do mandato. Devani, que adotou o lema “ Devani, que adotou o lema “o vaqueiro virou prefeito” depois de se eleger, declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 1,2 milhão em bens no início da campanha eleitoral de 2024. A lista inclui “animais de grande porte” avaliados em R$ 250 mil — o que equivale, por exemplo, ao valor de 60 cabeças de boi —, seis propriedades rurais e R$ 20 mil em espécie. Em vídeos recentes publicados nas redes sociais, o prefeito aparece em um local semelhante a um rancho, conduzindo dezenas de bois, vacas e cavalos. Procurados na quinta e na sexta-feira, o prefeito e a primeira-dama não responderam os contatos do GLOBO. Especialista em direito previdenciário e também mestre em direito político e econômico, a advogada Camila Pellegrino afirmou que, diferentemente do que ocorre com benefícios previdenciários, a concessão do Bolsa Família não prevê análise dos bens da pessoa. — É um programa eficiente para distribuição de renda, mas a gente sabe que fraudes existem e que algumas pessoas mentem ou omitem informações. Em geral, a fiscalização ocorre quando há denúncias, seja ao governo federal ou aos órgãos municipais e estaduais

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Norte de Minas
Redação

Políticos que mais enviaram emendas para shows em MG são de 10 partidos

No total, 21 parlamentares tiveram verbas indicadas em seu nome financiando apresentações musicais em Minas. Confira relação São 21 os parlamentares mineiros que enviaram emendas Pix para pagar a realização de shows musicais no estado desde 2023. Juntos, eles destinaram a municípios de várias regiões R$ 9,8 milhões para financiamento de apresentações de cantores. A lista conta com políticos de 10 partidos, entre legendas de esquerda, direita e centro. As emendas Pix são enviadas às cidades sem uma destinação pré-definida. Ou seja, o deputado manda o recurso federal ao município, e o prefeito é quem decide, em teoria, a área de aplicação da verba. No entanto, como os deputados e senadores costumam agradar suas bases eleitorais com essas emendas, é comum um acordo prévio nos bastidores para aplicação do dinheiro. Cabe ao gabinete do parlamentar acompanhar para onde vai essa verba. Esse acordo entre deputado e prefeito é muito comum. Tanto é assim que o cruzamento de informações feito pelo Núcleo de Dados do Estado de Minas mostra que os parlamentares financiam, em muitos casos, mais de um show em uma mesma cidade, em anos consecutivos. Ou seja, se o parlamentar apresentasse algum descontentamento com a aplicação daquela emenda Pix em apresentações musicais, ele, em tese, poderia não voltar a premiar aquela gestão municipal em exercícios posteriores. O deputado federal responsável pelo maior volume de emendas Pix para shows em Minas é Paulo Guedes (PT). Ele enviou aos municípios R$ 1,79 milhão desde 2023 para financiamento de eventos do tipo. Manga, no Norte de Minas, aparece na lista dos municípios beneficiados pelo parlamentar tanto em 2023 quanto em 2024. A cidade tem como prefeito o irmão do deputado, Anastácio Guedes (PT). Entre os shows pagos pelo petista estão apresentações de alto custo de nomes conhecidos da música nacional. Em São João da Ponte (24 mil habitantes), uma emenda dele pagou um show do cantor Nattan, também conhecido como Nattanzinho, orçado em R$ 550 mil em 2023. Um ano depois, outro envio do parlamentar contratou o músico Zé Felipe, filho da estrela sertaneja Leonardo, para tocar em Juvenília (6 mil pessoas), com preço de R$ 280 mil. O mesmo valor foi encaminhado por ele para financiar a performance do piseiro Vitor Fernandes em Espinosa (30 mil). Todas essas cidades estão no Norte do estado, berço eleitoral de Paulo Guedes, que se autointitula “o legítimo Leão do Norte” em suas redes sociais. Ele foi um dos deputados mineiros que votaram a favor da PEC da Blindagem em setembro, texto que estabelecia que investigações e medidas cautelares contra parlamentares só poderiam ocorrer com autorização prévia do Congresso Nacional. O Senado derrubou a matéria após a repercussão negativa na sociedade. Em conversa com a reportagem, Paulo Guedes justificou o envio de emendas para Manga, administrada por seu irmão. “Foi uma festa que precisava de uma comemoração acima do normal, porque fazer 100 anos para uma cidade é um marco muito importante. O povo esperava uma festa grande”, disse. Sobre as outras cidades, Guedes afirma que as recentes medidas tomadas pelo Supremo, a partir do ministro Flávio Dino, darão maior transparência e controle aos deputados. “Antes você colocava o recurso, e ele era livre. O prefeito que definia o plano de trabalho. A partir deste ano, mudou. Agora, quando a gente indica a emenda, já tem que indicar com o plano de trabalho”, afirmou. Repasses milionários Não é só Paulo Guedes que ultrapassou a marca do milhão em financiamento de shows com emendas Pix na bancada mineira. Também ligado à esquerda, o deputado federal André Janones (Avante-MG) financiou quatro apresentações em sua cidade natal, Ituiutaba, no Triângulo. O valor é parecido com o do petista: R$ 1,75 milhão. Todo o recurso foi gasto em único evento: a Expopec 2023, quando verba enviada por Janones foi alocada para a contratação de quatro shows de nomes conhecidos da música nacional. O dinheiro pagou apresentações da dupla sertaneja Jorge & Mateus (R$ 650 mil); do DJ Alok (R$ 450 mil); da cantora Simone Mendes (R$ 420 mil); e da expoente da MPB Ana Carolina (R$ 230 mil). Procurado pelo EM, Janones não se posicionou até esta publicação. Correligionário dele, o deputado federal Luis Tibé financiou nove shows com emendas Pix, com custo total de R$ 1,05 milhão aos cofres públicos. Algumas dessas apresentações tiveram um cachê abaixo dos R$ 100 mil, mas em Carmésia, no Vale do Rio Doce, ele financiou R$ 200 mil para o cantor Eduardo Costa e R$ 180 mil para a dupla Guilherme & Santiago. Na mesma toada, em Formoso (Noroeste), o repasse foi de R$ 160 mil para Cézar & Paulinho agitarem a população. Mas o que Carmésia (2 mil habitantes, uma das menores cidades do estado) e Formoso (8 mil habitantes) têm em comum? As duas cidades têm como prefeitos Atos Tácio e Dinarte, respectivamente. O primeiro é filiado ao Avante, partido presidido por Tibé nacionalmente. O segundo, do PL, contou com a presença da legenda do deputado em sua coligação. Os shows, inclusive, aconteceram em 2024, antes das eleições municipais. Eduardo Costa e Guilherme & Santiago soltaram a voz 43 dias antes da eleição em Carmésia, portanto semanas antes da vitória de Atos Tácio nas urnas. Já Cézar & Paulinho foram a Formoso em 20 de julho, 78 dias antes do primeiro turno. Assim como Janones, Tibé foi procurado, mas não respondeu até esta publicação. O presidente nacional do Avante também votou favorável à PEC da Blindagem. Veja, abaixo, a lista completa: Parlamentares que financiaram shows com emendas Pix em Minas, desde 2023 Especialista analisa O cientista político e professor da ESPM, Paulo Ramirez, chama atenção para o que chama de “absoluta falta de transparência” na administração desses recursos. “Essa mudança constitucional aconteceu com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A falta de acompanhamento das emendas Pix abre possibilidades de superfaturamento e desvios desses recursos. Usar as verbas parlamentares para promover shows não é nada coerente”, diz. Ele compara a prática à política de pão e circo adotada pelos romanos.

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Norte de Minas
Redação

Revisão do PPAG e o povo no orçamento de Minas Gerais

Deputado Ricardo Campos cobra pagamento das emendas e defende o PPAG como instrumento de voz popular. O Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) está em processo de revisão para 2026, e o deputado estadual Ricardo Campos , presidente da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), tem alertado representantes da população sobre a necessidade de uma ampla mobilização para garantir que as vozes das comunidades mineiras sejam efetivamente ouvidas e consideradas no planejamento do Estado. “Cada reunião é uma grande oportunidade de levar melhorias para os municípios. Somente com a participação popular é possível conhecer as reais necessidades do nosso povo”, afirmou o parlamentar. Discussão Participativa da Revisão do PPAG: um espaço de participação da população no orçamento O PPAG define onde o governo vai investir — em educação, saúde, segurança, moradia, infraestrutura, cultura, agricultura e outros setores essenciais. Mais do que um instrumento técnico, o PPAG é a principal via de participação popular no orçamento público estadual, permitindo que as demandas das comunidades sejam debatidas, aprovadas e incluídas oficialmente nas ações do governo. “PPAG é real na vida do povo. É a forma mais concreta de garantir que o orçamento público reflita as necessidades de quem mais precisa”, ressaltou o deputado. Montes Claros abre o ciclo de audiências regionais O ciclo de encontros regionais do PPAG 2024-2027 teve início na sexta-feira (17/10) em Montes Claros, com o plenário da Câmara Municipal lotado. O evento reuniu dezenas de prefeitos, vereadores, lideranças comunitárias, representantes de associações e cidadãos de toda a região Norte, que apresentaram propostas nas áreas de abastecimento de água, desenvolvimento rural, cultura, infraestrutura e arranjos produtivos locais. “Parabéns, Montes Claros! Este é o momento de interferir no futuro da sua cidade”, destacou Ricardo Campos, que vem defendendo o fortalecimento do PPAG como principal instrumento de integração entre o povo e o orçamento do Estado. Cobrança pela execução de recursos Durante o encontro, o deputado também cobrou do governo Romeu Zema o pagamento das emendas da revisão do PPAG aprovadas para 2025, que ainda não foram executadas. “Estamos insistindo junto ao Executivo para que honre os compromissos assumidos. Só para 2025, foram aprovados R$ 25 milhões em emendas, recursos que fazem a diferença na vida de dezenas de comunidades mineiras”, afirmou. Para 2026, há expectativa de que o governo e legislativo promovam incrementos nos valores do PPAG, com base em uma previsão orçamentária que pode ultrapassar R$ 158 bilhões. “É fundamental que a sociedade acompanhe onde e como esses recursos serão aplicados”, reforçou o parlamentar. Próximos encontros regionais Itaobim – 20/10/2025 Local: Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) Endereço: Avenida São Roque, 872, Bairro Santo Antônio Inscrições online até 17/10, às 15h Coronel Fabriciano – 24/10/2025 Local: Hotel Metropolitano Endereço: Avenida Julita Pires Bretas, 644, Bairro Bom Jesus Inscrições online até 22/10, às 15h Natalândia – 03/11/2025 Local: Escola Família Agrícola de Natalândia Endereço: PA Saco do Rio Preto, Lote 10, Zona Rural Inscrições online até 31/10, às 15h Participação é cidadania Encerrando o evento, Ricardo Campos reforçou o convite à mobilização popular: “O trabalho da Comissão de Participação Popular segue firme, sempre de portas abertas para ouvir e discutir as propostas da população. Não percam essa oportunidade — participem das próximas reuniões e ajudem a construir o futuro de Minas Gerais.”

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