O EM CIMA DA NOTÍCIA adere a campanha para que o hospital das Clínicas Mário Ribeiro seja credenciado para atendimento pelo Sistema Único de Saúde – SUS, por ser um hospital de referência no Norte de Minas pelo atendimento humanizado, tecnologia avançada e serviços diversificados como cirurgia geral, cirurgia plástica, otorrinolaringologia, oftalmologia, ginecologia e obstetrícia, entre outros.
Todavia, antes do credenciamento é preciso que aquele hospital seja estadualizado, já que ele teria sido construído com verbas públicas, de acordo com um levantamento feito pelo Ministério Público Federal . Segundo o MPF, o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira, pertencente ao grupo Soebras/Funorte, e teria sido construído com recursos públicos: uma emenda parlamentar de R$ 300 mil, viabilizada pelo então deputado Ruy Muniz foi usada para o empreendimento. A afirmação foi feita com base em dados da prestação de contas do próprio grupo empresarial. Na época, seriam liberados mais R$ 700 mil do Estado, que deixou de fazer. A Âmbar Saúde também entraria com contrapartida de R$ 449,6 mil. O rastreamento da verba derruba o discurso usado até agora pelo grupo Soebras, de que o hospital foi construído somente com recursos próprios.
No levantamento realizado pelo MPF, para viabilizar a obra, o Grupo Soebras realizou uma grande triangulação: o hospital estava cadastrado como vinculado a Âmbar Saúde, que recebeu a emenda parlamentar liberada pelo então deputado Ruy Muniz, em 2010 e cujo convênio foi assinado em 28 de dezembro de 2011, cujo conteúdo previa a transferência de recursos financeiros para investimento, visando a construção do primeiro pavimento do Centro de Básico de Saúde Ambulatorial de Montes Claros, com vistas ao fortalecimento técnico operacional e atendimento ao Sistema Único de Saúde de Minas Gerais e assinado por Luciana Santana Ribeiro.
No dia 26 de abril de 2012 o dinheiro foi depositado na conta da Âmbar Saúde. No dia 15 de outubro de 2011, a Soebras e a Ambar Saúde assinaram o convenio de comodato, onde a primeira libera 5.000 metros quadrados para a construção do Hospital Mário Ribeiro. Para que a Âmbar Saúde pudesse fazer a obra, a Soebras assinou o convênio com essa instituição, cedendo o imóvel em sistema de comodato. Quem assinou a liberação do terreno foi a então presidente da Soebras, Raquel Muniz, hoje deputada federal. O curioso é que apesar da verba pública, a Soebras utiliza o seu hospital para atender o curso de medicina da instituição.
No dia 11 de julho do ano passado a Secretaria Estadual de Saúde constatou inconformidades na aplicação dos recursos liberados e pediu que fossem tomadas as providências. Na época, Ruy Muniz foi acusado de utilizar seu poder de prefeito para inviabilizar os hospitais que atendem pelo SUS e com isso, credenciar seu hospital. Nesse sentido, no ano de 2015 já tinha sido acertado o fechamento da maternidade do Hospital Aroldo Tourinho e a abertura da maternidade do Hospital das Clínicas.
Agora, uma campanha está sendo feita na cidade para viabilizar o credenciamento daquele hospital pelo SUS. Tal empreitada está sendo articulado pela base do ex-prefeito Ruy Muniz na Câmara Municipal e vem conseguindo adesão de vários parlamentares,inclusive da base governista.

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