Mulheres discutiram empoderamento em Montes Claros

A contribuição da mulher em Montes Claros marcou as discussões realizadas, na última sexta-feira a noite, no espaço livre do Museu Regional, organizado pelo Observatório Empoderamento do Feminino, projeto de extensão da Universidade Estadual de Montes Claros, que foi realizado para marcar o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha e também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

A data é 25 de julho, mas os coordenadores preferiram realizar no dia 27, por questões de logística. Essa data tem o propósito de dar visibilidade às resistências construídas pelas mulheres negras, ampliando os debates acerca do enfrentamento às discriminações de gênero e de raça, que produzem desigualdades e exclusões de mulheres negras latino-americanas e caribenhas.

Em uma série de depoimentos, várias mulheres debateram o tema ‘Terezas de Benguela do séc. XXI: lutas e resistências ao racismo e ao sexismo’, como Amanda Souza, cantora e professora licenciada em música pela Unimontes; Eloyá Amorim, cabeleireira, estilista e historiadora; Rosana Santos, professora doutora do Instituto Federal do Norte de Minas (INFMG), que defendeu a tese ‘Entre a Casa Grande e o Borralho: As representações sociais sobre as trabalhadoras domésticas na novela Cheias de Charme’; e Luciana Axé, professora e capoeirista.

A professora Cristina Borges, doutora do curso de Ciências da Religião da Unimontes, doutora pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), trabalhou a tese intitulada ‘Tambores do Sertão. Diferença Colonial e interculturalidade, entrelaçamentos entre umbanda e candomblé no Norte de Minas Gerais’.

A atividade teve o apoio da Coordenadoria da Igualdade Racial (COPPIR), Coordenadoria da Mulher, Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (NEAB), Grupo de Estudos e Pesquisa Gênero e Violência (GV), (In)Serto, Grupo de Estudos Organizacionais: sociedade e feminismos (GEOSOF), Estudos Negros (Grupo de Estudos sobre Culturas de Matriz Africana e Indígena) e Filhas de Frida.

Em 2014, por meio da Lei nº 12.987, foi criado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, com o intuito de resgatar e reconhecer a luta de Tereza e das mulheres que, por sua condição de gênero e raça, foram e permanecem sendo marginalizadas e excluídas no decorrer do processo histórico brasileiro e mundial. Tereza de Benguela, também conhecida como ‘Rainha Tereza’, comandou, por 20 anos, o quilombo de Quariterê, no séc. XVII, a maior comunidade de resistência negra da capitania do Mato Grosso.

Fonte: Girleno Alencar – Jornal Gazeta

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