Nesta quarta-feira (02/10), a bancada de oposição a Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa anunciou uma série de representações que põem em xeque ações realizadas pelo governador ao longo do ano.

Além de entrarem com uma representação contra o governo no Ministério Público e no Tribunal de Contas por causa da cessão do Palácio das Mangabeiras para o evento privado Casacor, o bloco anunciou que questionará, na próxima semana, outras duas ações do governador.

A primeira é referente à contratação de Rodrigo Paiva como diretor-presidente da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge). Paiva foi candidato ao Senado pelo Partido Novo, de Zema, nas últimas eleições. Isso feriria a Lei 13.303/2016, chamada “lei das estatais”, que veda por 36 meses a indicação de participantes de estruturas decisórias de partidos políticos e em campanha eleitoral para Conselhos de Administração e diretorias.

Além disso, o diretor-presidente é fundador e sócio da Paiva Piovesan Ltda, empresa de softwares, o que significaria conflito de interesses com a atividade desempenhada na estatal. “Como entendemos que ele ocupa o cargo de forma ilegal e já questionamos, apresentamos requerimentos ao governo, mas não obtivemos repostas, nós estamos procurando o Ministério Público para que busque as medidas cabíveis para que isso seja regularizado”, afirmou o deputado Ulysses Gomes (PT).

“Tudo vai na contramão daquilo que ele discursou. Ele (Zema) continua no discurso contra o privilégio, contra político e usando daquilo que ele entende como privilégio. Privilegiando, na verdade, alguns mais próximos dele, os amigos do rei”, dispara Gomes.

O bloco ainda irá questionar no judiciário a contratação da assessoria Rothschild Co, por meio da Codemig, já que, de acordo com a equipe técnica da oposição, esse tipo de ação não se enquadra no contrato social da estatal. O contrato, de R$ 11,4 milhões, é mantido sob sigilo pelo governo e pode estar relacionado à privatização de estatais que Zema vem pregando. O governo Zema também tenta um empréstimo bilionário dando como garantia os lucros futuros da estatal.

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