Com as pesquisas mostrando uma derrota para o ex-presidente Lula, Bolsonaro voltou a fazer ataques ao sistema de votação e a ministros da cúpula do Judiciário
Pacheco e Lira defendem processo eleitoral após ataques de Bolsonaro
Com as pesquisas mostrando uma derrota para o ex-presidente Lula, Bolsonaro voltou a fazer ataques ao sistema de votação e a ministros da cúpula do Judiciário
“Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!”, emendou ele.
No meio da tarde, Lira –que tem sido um dos principais aliados de Bolsonaro no Legislativo– disse no Twitter que “o processo eleitoral brasileiro é uma referência”.
“Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir –sem tensionamentos– para as eleições livres e transparentes”, afirmou ele.
Nenhum dos dois fez menção direta ao presidente da República.
Na véspera, durante evento no Palácio do Planalto de desagravo ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) –beneficiado por perdão presidencial após ter sido condenado na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)–, Bolsonaro ressaltou ser ele o chefe supremo das Forças Armadas, e disse que os militares não seriam “moldura” ou ficariam apenas “batendo palmas” após serem chamados pelo TSE para participarem do processo eleitoral.
“A gente espera que nos próximos dias o nosso Tribunal Superior Eleitoral dê uma resposta às sugestões das Forças Armadas”, disse. “E essas sugestões todas foram técnicas, não se fala ali em voto impresso.”
O presidente disse que uma das sugestões é para que haja um computador para que as Forças Armadas também possam contabilizar os votos no Brasil. Ele repetiu que haveria uma sala secreta do TSE em que se centraliza a apuração dos votos –fato inverídico e que já foi rebatido várias vezes pela corte eleitoral.
Procurado na véspera para comentar as declarações de Bolsonaro, o TSE não respondeu até o momento.
Com as pesquisas mostrando uma derrota para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva num eventual segundo turno, Bolsonaro voltou a fazer ataques ao sistema de votação e a ministros da cúpula do Judiciário, levantando dúvidas –sem qualquer tipo de evidência– sobre as urnas eletrônicas.