Está mais do que evidenciado o golpe de 2016.

Tiraram na marra uma presidenta da República inocente, reeleita para um novo mandato que iria até dezembro de 2018 com mais de 54 milhões de votos.
Criminalizaram o Partido dos Trabalhadores.
Condenaram e prenderam um ex-presidente da República por uma acusação vergonhosa sem prova.
Juntaram o PSDB, o Poder Judiciário, os pequenos partidos venais, a mídia falada, escrita e televisionada, lideradas pelas Organizações Globo, os grupos econômicos, a elite festiva e os medíocres e fanáticos fascistas, para – em nome de um suposto combate à corrupção – expulsar o vibrante partido dos trabalhadores do cenário político nacional.
O povo e a opinião brasileira engoliram a fajuta versão.
E não sabem o que fazer na atualidade, pois está tudo dominado.
E o sistema golpista continua em andamento.
Em nome de um estado mínimo de uma política neoliberal o governo espúrio e golpista está entregando praticamente a valores irrisórios o patrimônio nacional.
Já leiloaram o pré-sal.
Já aprovaram uma reforma trabalhista que escraviza o trabalhador.
E vão entregar na bandeja a Embraer, a Eletrobras e a Petrobrás.
Enquanto isso, o presidente interino, líder do MDB, acena uma possível aliança com o PSDB para concorrer à Presidência da República em outubro próximo.
MDB e PSDB.
Quem diria, mas em política tudo é possível acontecer.

Sem Lula no caminho, fica mais fácil abiscoitar a vitória no próximo pleito eleitoral.

E as denúncias de corrupção envolvendo o próprio chefe da nação, seus principais assessores, senadores e deputados de seu partido, além de conceituados políticos da ex-oposição, vão sendo engavetadas escandalosamente.
A bandidagem de colarinho branco anda livre e solta nos corredores palacianos e nas altas cortes do judiciário brasileiro.
O senador Romero Jucá foi flagrado numa conversa telefônica grampeada anunciando o golpe “com o Supremo e tudo”.
O senador Aécio Neves, que perdeu as últimas eleições presidenciais e tem se dedicado desde o resultado em expulsar o PT da vida política nacional, foi pilhado em vídeo negociando uma propina e mandando matar.
A Polícia Federal descobriu um apartamento do ex-Ministro e deputado Geddel Vieira Lima, em Salvador, contendo malas cheias de dinheiro de origem não explicada.
O deputado federal Rodrigo Rocha Loures foi flagrado correndo numa avenida de uma cidade grande com uma mala cheia de dinheiro sujo.
Além do envolvimento de outros nomes famosos no panorama político do país em aviltantes casos de corrupção ativa.
Dinheiro, muito dinheiro dos cofres públicos, saindo pelos ralos da corrupção.
E os verdadeiros corruptos debochando da impunidade nacional.
Lula está condenado e preso.
A famigerada operação Lava Jato de Curitiba cumpriu sua finalidade.
Deteve a invencibilidade eleitoral do Partido dos Trabalhadores que já durava mais de uma dezena de anos.
Aliás, varreu a agremiação egressa das minorias do cenário político brasileiro.
Tudo em nome da moralidade política e do combate à corrupção.
Mas as denúncias cada vez mais escandalosas de sangria dos cofres públicos pipocam todo dia.
Com o silêncio conivente dos golpistas e da chamada mídia chapa branca.
E os bandidos, travestidos de heróis da pátria, continuam livres e soltos.
Recorrer a quem? À ONU? À Comissão Internacional de Direitos Humanos?
Na verdade, o sentimento que fica entre os brasileiros patriotas é o de que o país não existe.
Ou continua adormecido em berço esplêndido, como na letra do Hino Pátrio.

Felipe Gabrich é jornalista e colaborador do EM CIMA DA NOTÍCIA

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