Reconhecido como uma das mais importantes iniciativas de fomento às artes cênicas do cenário cultural brasileiro, o Palco Giratório, promovido pelo Sesc, chega a Montes Claros, no próximo dia 3 de novembro.

 Por Alana Freitas – Jornal Gazeta – De acordo com a organização, das 8h às 14h30, o Coletivo na Esquina vai realizar a oficina de Acrobacia e acrobacia coletiva, no Sesc Montes Claros. Já no dia 4, o mesmo grupo apresenta, às 20h, na Praça da Catedral, o espetáculo circense Na esquina, com classificação livre. A participação é gratuita.

O coletivo é composto por sete artistas circenses de Belo Horizonte, uma francesa e o músico Juninho Ibituruna. Formados pela Spasso Escola Popular de Circo, foram estudar em escolas de circo européias: Académie Fratellini (Paris) e Escola Superior das Artes do Circo (Esac, de Bruxelas). O Espetáculo Na Esquina é o primeiro da companhia, e circula pelo Brasil e Europa desde 2012.

Reconhecido como uma das mais importantes iniciativas no segmento de artes cênicas do país, o Palco Giratório é uma rede de intercâmbio e difusão das artes cênicas consolidada no cenário cultural brasileiro. Ao longo de 19 edições, levou uma grande variedade de gêneros e linguagens artísticas para um público diversificado, em 9.526 apresentações em todo o Brasil, entre grupos de teatro de rua, circo, dança entre outras linguagens artísticas — em instalações do Sesc, praças e outros espaços urbanos.

A oficina, cujas inscrições já estão encerradas, é direcionada a artistas profissionais e em formação, nas áreas de circo, dança, teatro, e também a esportistas com práticas ligadas à acrobacia.

“O Palco Giratório é um projeto que vai além do circuito de espetáculos, pois leva ideias, provocações e questões lançadas pela curadoria para o Brasil, incluindo cidades pequenas. São 20 anos disseminando as artes cênicas, em diferentes manifestações e linguagens culturais, promovendo intercâmbio de modos de fazer, criar, pensar e sentir”, ressalta Raphael Vianna, técnico de Artes Cênicas do Sesc.

Além dos espetáculos, o Palco Giratório conta com seminários, onde são discutidos aspectos relevantes das artes cênicas e políticas públicas para o teatro, entre outros temas. “Refletir sobre os 20 anos do Palco Giratório é uma oportunidade ímpar para ampliar as principais discussões que atravessam o projeto, apontando, assim, para uma perspectiva de futuro”, finaliza Raphael.

O ESPETÁCULO

Na esquina, via cruzada de caminhos que buscam por outros. Ciclos e repetições simultâneas entram em jogo em inter-relações diversas: o mastro chinês, o trapézio fixo, a lira, o malabares, a acrobacia de solo e o mão-a-mão. Sobreposições, erros, linhas que se cruzam, para construir um corpo que rompe com a previsibilidade do espetáculo circense. O encontro entre amigos é a possibilidade de produzir a diferença, para além do reforço das identidades, abre-se para as relações entre quem dirige, quem atua e quem assiste. Na esquina é o ponto de partida para outros lugares. (AF)

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