O período de pandemia do coronavírus, que já dura mais de 7 meses, tornou ainda pior a já conturbada relação entre a gestão atual da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e os professores. A próxima semana pode ser decisiva para as tentativas de aparar arestas, nas reuniões dos conselhos representativos da universidade.
O diretor da Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes), Gustavo Cepolini, explica que, como o Conselho Universitário (Consu) ainda não tomou posse, questões como o pagamento do Regime de Tempo Integral com Dedicação Exclusiva (DE), ainda estão pendentes. São 48 pesquisadores alijados desse adicional.
A entidade considera que o imbróglio continua por conta da má vontade da reitoria, que prefere manter o jogo de empurra com o governo Zema. A Adunimontes criou comissão para interlocução direta com o governo, além de atuar também junto ao Judiciário e Assembleia Legislativa. Cepolini lembra que o pagamento desse direito foi aprovado em todas as instâncias da Unimontes e publicado no Diário Oficial do Estado.
A representação dos professores alega que não há o mínimo fundamento para protelar o pagamento, pois o próprio governador Romeu Zema jogou por terra a alegação de que o obstáculo seria a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), quando, em janeiro deste ano, anunciou que Minas saiu do regime prudencial.
A concessão da DE é fundamental para o desenvolvimento da Instituição, pois assegura o tripé ensino, pesquisa e extensão, garantindo, assim, a autonomia da universidade, como prevê a Constituição Federal.

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