PF ABRE NOVO INQUÉRITO DA FACADA NA ‘LINHA BOLSONARO’

 – A Polícia Federal abriu um segundo inquérito para alegadamente “aprofundar as investigações” sobre a facada de Adélio Bispo de Oliveira em Jair Bolsonaro em 6 de setembro em Juiz de Fora. O anúncio foi feito um dia depois de Bolsonaro ter criticado a PF por ter concluído o inquérito do caso concluindo Adélio agiu sozinho. O candidato deu uma entrevista a um veículo de extrema-direita no hospital Albert Einsten manifestando sua contrariedade com o resultado do inquérito e exigindo que a apuração indique uma “trama”.

A hipótese de manipulação política do episódio a serviço de Bolsonaro voltou à cena, depois de afastada pela conclusão do primeiro inquérito. A investigação agora é sigilosa e comandada pela PF em Minas Gerais, onde ocorreu o atentado. A nova frente de investigação se debruçará, segundo a própria PF, sobre suspeitas de motivação política e de possíveis coautores -exatamente o que pretende Bolsonado.

De acordo com o jornal o Estado de S. Paulo, os agentes policiais farão uma devassa nos últimos dois anos da vida de Bispo e mapear qualquer relação dele com outras pessoas que possam indicar a participação de mais pessoas no ataque.

O delegado federal Rodrigo Morais e sua equipe não encontraram indício de que o autor da facada tenha agido a mando de outra pessoa ou em grupo. Foram ouvidas mais de 30 pessoas. Também houve quebrar dos sigilos financeiro, telefônico e telemático de Adelio.

Tudo caminhava para um desfecho sereno. A decidira adiantar a apresentação das conclusões do primeiro inquérito sobre o crime, com os dados sendo apresentados apresentados nesta sexta-feira (28) em uma entrevista à imprensa, em Brasília, e não mais no dia 5 de outubro, como estava programado, numa agenda que tinha evidentes reflexos sobre o peito.

O que parecia caminhar para o fim volta a alimentar as esperanças da extrema-direita de causa um incidente nas eleições.

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