– Líderes de partidos que compõem a base já esfacelada do governo oscilaram entre a incredulidade e a indignação diante do vídeo obsceno postado por Jair Bolsonaro. Entre chacota, cobrança e desolação, o saldo foi, mais uma vez, amplamente negativo. A cúpula do Parlamento, que dita o ritmo das votações e, sobretudo, da reforma da previdência, avalia que Bolsonaro está minando o resto de credibilidade que tem e que a tarefa dos congressista que se posicionam a seu lado vai ficando cada vez mais difícil.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa que “a decisão do presidente de publicar o filme na rede que centraliza os anúncios de sua gestão foi alvo de debate. Deputados questionavam se a mensagem tinha mesmo sido escrita por Bolsonaro. Aliados de Carlos, o 02, trataram de dizer que ele estava longe do pai, em Florianópolis.”

Sobre a tática de comunicação do governo, a avaliação é pessimista: “dois ex-secretários de Comunicação da Presidência veem Bolsonaro replicando a estratégia eleitoral. ‘Na campanha, certos embates são permitidos, mas agora é diferente’, diz Márcio Freitas, que atuou na gestão Temer. ‘Por mais que seja uma tática para manter inflado o grupo que o apoia, ele entrou numa seara complicada, a do debate abaixo da linha da cintura. E este é um cargo que se exerce sabendo que todos os dias você está fazendo história’, conclui Freitas.”

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