Membros da Justiça e MP seguem recebendo centenas de milhares e “parecem viver num ilha”, diz deputado
Em tempos de ajuste fiscal, a comissão de Administração Pública da Assembleia de Minas aprovou um pedido de esclarecimentos sobre salários exorbitantes pagos a membros do judiciário e do Ministério Público estadual. Eles já recebem remunerações quase cinco vezes maior do que um brasileiro de classe média, e como se não bastasse, alguns ganharam cifras que beiram o R$ 1 milhão.
De autoria do deputado Sargento Rodrigues, o requerimento questiona os motivos que levaram os juízes Adriani Freire Diniz Garcia e Paulo Antônio de Carvalho a receberam, em abril, respectivamente R$ 366 mil e R$ 752 mil. O teto do funcionalismo do Brasil é de R$ 40 mil. O parlamentar ainda solicita que Ministério Público esclareça os salários de R$ 91 mil do procurador Epaminondas Fulgêncio Neto e de R$ 82 mil da procuradora Hebe Regina de Guerra e Leite. Os valores se referem a março.
Os pedidos já foram encaminhados, mas não há uma data para serem respondidos. “Isso mostra que a Justiça e o MP parecem viver em uma ilha”, disse o deputado. Passam ao largo da crise no Estado.