O Parque da Sapucaia terá uma pista asfaltada e ainda receberá um play ground, com recursos de R$65 mil viabilizados em Termo de Ajustamento de Conduta para compensação ambiental pela Construtora Tecnopav. O secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Ribeiro, explica que as obras devem ser iniciadas em no máximo 30 dias, sendo o primeiro passo para revitalização dessa área verde, inaugurada em 1988 e que está fechada há vários anos. Ele lembra que a empresa teve de fazer essa compensação ambiental a partir de problemas registrados em loteamento.

O Parque Florestal da Sapucaia foi criado em 8 de setembro de 1987, de acordo com a lei nº 1.648, e inaugurado no dia 2 de julho de 1988. Na época tinha um teleférico, que depois foi desativado. “O Parque da Sapucaia tem por objetivo resguardar os atributos da natureza, proteger a flora, a fauna e os recursos naturais, com fins recreativos, educacionais e científicos, assegurando o bem estar da comunidade”. Está localizado na Serra do Mel, conhecida popularmente como Serra do Ibituruna, a 6 Km do centro da cidade, na região oeste. Porém, já tem casas no seu entorno.

O Parque da Sapucaia é cortado por um córrego conhecido como Córrego da Sapucaia, um curso d’água intermitente que tem sua nascente distante cerca de 300 metros do limite oeste, indo desaguar no Rio Vieira, com foz na área do Parque Guimarães Rosa, outra área verde dentro da área urbana de Montes Claros.

O Rio Vieira é o principal rio da cidade sendo afluente do Rio Verde Grande – Bacia do São Francisco. Possui formações rochosas de calcário, com presença de grandes formações com altitudes variando entre 690 a 872m.

Por se tratar de relevo cárstico, no Parque verifica-se a presença de pequenas cavidades, entre cavernas e abrigos, que, apesar da pequena extensão, tem um papel fundamental no ciclo de vida de diversos animais, desde insetos até mamíferos como o mocó (Kerodon rupestris); várias espécies de morcegos; e aves como os urubus – Coragyps atratus; e a coruja Suindara – Tyto furcata, que podem ser observado nos paredões da área.

O Ministério do Turismo chegou a liberar recursos para a sua revitalização, em parceria com a Faculdade Pitágoras, porém a ideia foi suspensa, depois que a Prefeitura se recusou a repassar o parque para a faculdade assumir a gestão.

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