O empresário Michel Alaby, que atuou por 35 anos na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, tendo exercido vários cargos, inclusive o de presidente, disse ao jornalista Vladimir Goitia, do UOL que a Liga Árabe (22 nações ao todo, excluindo muçulmanos não árabes, como Turquia e Paquistão) pode trocar os principais produtos brasileiros por fornecedores de outros países, entre eles, Índia, Turquia, Estados Unidos e Argentina.
“A pressão sobre as exportações desses produtos será grande, mas seria maior ainda se o Brasil tivesse decidido transferir a sua embaixada para Jerusalém. Levamos mais de 40 anos para conquistar o mercado dos países árabes e, agora, por uma impropriedade, podemos sofrer retaliações, embora não tenha como ser mensurado isso no momento porque os contratos de exportação são de médio e longo prazos com os fornecedores”, afirmou.
Ele lembrou ainda que o Brasil é o maior exportador mundial de carne “halal” [ritual islâmico para abate de animais].”Nós somos um país em desenvolvimento que depende muito de suas relações comerciais”, lembrou Alaby. No ano passado, as exportações totais brasileiras para os países árabes somaram US$ 11,49 bilhões, uma queda 14,8% em relação a 2017, quando alcançaram US$ 13,59 bilhões.

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