A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, além de Marco Aurélio, o relator do caso) vai finalmente julgar o pedido de prisão contra Aécio Neves (PSDB-MG) na terça-feira (20); pedida pela Procuradoria-Geral da República, a prisão de Aécio estava na gaveta do ministro Marco Aurélio Mello há mais de um mês; para o ministro Edson Fachin, se continuar solto, Aécio poderá obstruir as investigações sobre a delação da JBS
– Um novo pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) será julgado no STF: o ministro Marco Aurélio pautou para terça-feira (19) o recurso da Procuradoria-Geral República na Primeira Turma do Supremo (Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, além de Marco Aurélio, o relator), informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Este é o terceiro pedido da PGR sobre o assunto. Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se continuar solto, Aécio pode obstruir as investigações sobre a delação da JBS. Aécio teve o recurso concedido nas outras duas vezes e o resultado deve se repetir na terça-feira. Se vitorioso, o senador mineiro deverá “colocar a cabeça fora da toca” a partir da quarta-feira (20).
Confira a matéria anterior do 247 sobre o assunto:
Pedido de prisão de Aécio está há um mês na gaveta de Marco Aurélio
Descansa há exatos 32 dias no escaninho do ministro Marco Aurélio Mello, no Supremo Tribunal Federal, o pedido de prisão contra o senador Aécio Neves, presidente afastado do PSDB.
Pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi feito no dia 31 de julho, o terceiro pedido de prisão após a homologação das delações da JBS. Janot pretende anular a decisão do ministro Marco Aurélio, que havia negado a prisão do tucano, além de ter lhe devolvido às atividades no Senado.
Ao negar pedido de Janot, Marco Aurélio disse que Aécio tem uma carreira política elogiável (leia mais). Antes da decisão de Marco Aurélio, Aécio estava afastado da atividade parlamentar por uma decisão do antigo relator do caso, ministro Edson Fachin.
O senador tucano é acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça; ele teria pedido e recebido R$ 2 milhões da JBS e atuado no Senado e junto ao Executivo para embaraçar as investigações da Lava Jato.
A questão deverá ser analisada pela Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, além do relator.