Estatal também reajustou os preços do diesel e gás. Novos preços passam a valer nesta terça-feira (9).

A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (8), mais um reajuste de seus produtos. A alta está em linha com a nova política de preços da estatal, de acompanhar os preços do petróleo no mercado internacional. A política foi instituída pelo governo Michel Temer e mantida por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. O reajuste será de 8,2% para a gasolina; 6,2% para o diesel e 5,1% para o gás.

Desde o início do ano, a Petrobras já reajustou a gasolina em 22%. O diesel, que também sofrerá reajuste, acumula alta de 10,9%. Já o gás de cozinha acumula alta de 16,1%. Os novos preços valem a partir de amanhã (9) nas refinarias.

O governo de Jair Bolsonaro tenta tornar a discussão das sucessivas altas dos combustíveis e gás de cozinha um debate sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um tributo estadual. O presidente apresentou uma proposta de ICMS fixo que supostamente resolveria o problema. A Petrobras também tem divulgado em seus canais que o preço que o consumidor final paga não é o mesmo das refinarias e que os impostos no meio do caminho contribuiriam para a alta.

Nada disso, no entanto, apaga o fato de que é o terceiro reajuste em 2021 sobre itens que fazem parte da cesta de despesas básicas dos brasileiros, em meio a uma pandemia que empobreceu e desempregou as pessoas. Além da valorização do petróleo – o barril do tipo Brent chegou a US$ 60 nesta segunda – o real foi a moeda que mais se desvalorizou em 2020.

A cotação do dólar ultrapassa diariamente o patamar dos R$ 5, o que torna a política de seguir os preços em moeda estrangeira ainda mais cruel em um país cujo salário mínimo está cada vez mais defasado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

6 + 4 =