O delegado de Polícia Federal, Marcelo Eduardo Freitas, alertou sobre a importância do Norte de Minas combater a corrupção, como forma de melhorar a qualidade de vida da população.

A palestra reuniu mais de cem pessoas no auditório da Escola Estadual Simão Costa Campos, na cidade de Lontra

Marcelo de Freitas participou da palestra na noite de segunda-feira, no auditório da Escola Estadual Simão Costa Campos, na cidade de Lontra, em evento que contou com a presença de aproximadamente 100 pessoas, dentre estes dois prefeitos e nove vereadores. O delegado ressaltou a necessidade de alterar a cultura de corrupção em nosso país, particularmente no Norte de Minas, região historicamente prejudicada com práticas contrárias ao interesse público.

O delegado afirmou que apenas o rombo causado com a sonegação fiscal gera um prejuízo de quase R$ 350 bilhões de reais. Outros R$ 450 bilhões “são roubados do povo brasileiro, dia após dia”, disse Freitas. Com base em dados do sistema prisional, o Delegado mostrou que corruptos ainda não se veem tocado pela “mão punitiva do Estado”, já que somente 0,12% são encaminhados ao cárcere. “O olhar atento da sociedade é o único ponto capaz de alterar essa realidade”, afirmou Marcelo Freitas, enaltecendo a necessidade de participação popular na tomada das decisões por parte dos gestores públicos.

Por fim, Marcelo Freitas apresentou dados da Transparência Internacional que evidenciam o Brasil como um dos países onde a população menos percebe a corrupção ao seu redor, ocupando a posição 79, de 120 nações analisadas. “Por isso, a necessidade de maior participação do cidadão na tomada de decisões”, pontuou Marcelo Freitas. O atual prefeito de Lontra, Dernival Mendes dos Reis, também ressaltou a dificuldade de corrigir práticas historicamente equivocadas, como o inchaço da administração pública municipal ou mesmo o “jeitinho brasileiro”, que por vezes, obriga o gestor municipal a adotar posturas contrárias à coletividade. “Mudar essa realidade exige coragem, já que o prefeito, que precisa de voto para se eleger, pode tomar medidas impopulares”, concluiu Dermival.

Via Girleno Alencar – Jornal Gazeta

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