Garimpo ilegal de ouro é problema histórico na região e ameaça duas reservas indígenas: Ituna-itatá e Arará Volta Grande do Xingu

Uma operação da Polícia Federal e do Ibama contra o garimpo ilegal destruiu duas máquinas usadas na extração ilegal de ouro perto de Altamira, no sudoeste do Pará, na manhã deste sábado (4/2). Os garimpeiros fugiram antes da chegada das autoridades e ninguém foi preso, mas a PF abriu inquérito para identificar os responsáveis pelo crime ambiental.

De acordo com a Polícia Federal, a operação aconteceu às margens das terras indígenas Ituna-itatá e Arará Volta Grande do Xingu, na fronteira entre os municípios de Altamira e Senador José Porfírio.

As máquinas foram incendiadas (imagem em destaque) porque não havia condições de logística para retirá-las do local com segurança – uma ação prevista pela legislação ambiental.

Foram destruídas uma escavadeira hidráulica e um motor estacionário na operação, realizada em um local conhecido como Garimpo Itatá, que pressiona as margens das áreas indígenas. O garimpo ilegal de ouro, ainda segundo a PF, é um problema antigo na região – perto da barragem da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Garimpeiros deixam terra Yanomami

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou neste sábado (4/2) que o governo federal tem informações de inteligência sobre um fluxo relevante de garimpeiros que estão deixando espontaneamente a terra indígena Yanomami.

De acordo com a ministra, a saída dos garimpeiros começou na última semana, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou o bloqueio dos tráfegos aéreo e fluvial de garimpo ilegal na região. A medida pretende cortar o fluxo que abastece os grupos criminosos.

Metropoles

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