Estudo irá identificar os pontos críticos e as demandas da população, ainda definirá qual o valor será cobrado
O prefeito Humberto Souto anuncia o diagnóstico sobre transporte coletivo
O prefeito Humberto Souto anunciou, ontem de manhã, durante entrevista coletiva, o diagnóstico sobre o transporte coletivo urbano de Montes Claros, o qual, além de identificar os pontos críticos e as demandas da população, ainda definirá qual o valor será cobrado pela concessão onerosa do setor por 10 anos. Ele anunciou a contratação da empresa Cidade Viva Engenharia e Arquitetos para a execução desse serviço, pelo valor de R$442,5 mil e com duração de seis meses. A empresa terá que percorrer aproximadamente 10 mil casas da cidade para ouvir a população e ainda fazer uma avaliação de toda rede do transporte coletivo urbano, além do edital de licitação.
A previsão é que essa licitação acabe recaindo na Justiça, pois as duas empresas concessionárias, a Alprino e Transmoc entendem que venceram a licitação onerosa em 2007, quando pagaram R$7 milhões, para 10 anos de concessão e mais 10 anos de prorrogação. O contrato venceu em outubro de 2017 e pelos primeiros levantamentos, a Prefeitura pediu R$22 milhões pela prorrogação de mais 10 anos. O Ministério Público manifestou que o valor arrecadado tem de ser utilizado em prol do transporte coletivo urbano e não precisa ser com a liberação dos recursos.
Na manhã de ontem, o diretor da empresa Cidade Viva, Ricardo Medanha, ex-presidente da BHTrans explicou que começará os trabalhos na semana seguinte ao Carnaval, pois tem de pegar a realidade do setor na cidade. Ele lembra que é necessário verificar a situação do sistema de integração e bilhetagem e quais as rotas precisam ser mudadas, além da nova rede de ônibus. O deputado Carlos Pimenta reforçou a importância de executar esse planejamento, até mesmo para saber a realidade e ainda as alternativas do setor.
O vereador Wilton Dias salientou que o diagnóstico e estudo tem de ser realizado para Montes Claros com aproximadamente 1 milhão de habitantes, pois a estimativa é que em 15 anos a cidade chegue a esse nível. O prefeito Humberto Souto reforçou essa situação, pois lembra que serão estudos para 20 a 30 anos, para dar condições de saber a quantidade de pessoas em cada rota e até mesmo identificar a criação de novas rotas, tendo em vista o surgimento de novos bairros.
Ele afirma que poderia ter feito a licitação no ano passado, de forma afobada, para a Prefeitura receber os recursos da concessão onerosa, mas sem saber qual o valor certo deveria ser cobrada. Citou que pode ser que o estudo indique a concessão pelo valor de R$20 a R$30 milhões e, se cobrasse R$5 milhões, estaria causando prejuízo ao município e à população.
Via Girleno Alencar – Jornal Gazeta