Representantes dos professores conseguem junto à reitoria da Unimontes e Governo o retorno das DE`s
Como resultado das gestões feitas pela Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes), os professores que tiveram cancelados os adicionais por dedicação exclusiva voltarão a recebê-los. O benefício tinha sido retirado da folha de outubro.
A garantia foi dada pelo secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Otto Alexandre Levi Reis, pela subsecretária de Ensino Superior, Augusta Fagundes; e pela subsecretária de Gestão de Pessoas, Kênnya Kreppel Dias Duarte. Anteriormente, a diretoria da Adunimontes manteve tratativas com os representantes do governo e na sequência se reuniu com o reitor Antônio Avilmar, que se comprometeu a pleitear a recuperação das DE`s junto ao Estado.
O pagamento, imprescindível para as atividades de ensino, pesquisa e extensão, será mantido até que seja implementado o novo plano de carreira para docentes e servidores da universidade. Havia um clima de tensão na categoria, devido ao risco de revogação da resolução do Conselho Universitário (Consu), de 2016, que concedeu o regime de Dedicação Exclusiva à universidade. Usando o argumento da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo do Estado se negou a pagar o benefício desde a publicação de sua concessão, em 2016.
A presidente da Adunimontes, professora Ana Paula Thé, disse que o recuo é resultado da reabertura do diálogo com a reitoria, mas reiterou que a implementação da nova carreira, construída durante as greves de 2016 e 2018 – e incluída nos acordos judiciais -, tornou-se essencial para a manutenção dos salários da categoria e para a própria sobrevivência da Unimontes. “Com vistas nisso, as negociações entre sindicato e governo para a implementação da nova carreira haviam sido retomadas há algum tempo”, revelou Ana Thé.
JORNADA ESTENDIDA – A reitoria também se comprometeu a revisar a portaria 174/2019, que regulamenta a concessão da JE. “A portaria produz um sistema de avaliação que fere a isonomia entre professores e programas de pós-graduação, eliminando, para muitos, a possibilidade de complementação salarial. Isso para uma categoria que tem o pior salário entre as universidades públicas do Brasil”, avalia o vice-presidente da Adunimontes, Rafael Baioni.
“Entendemos que essa é uma importante oportunidade para a defesa da universidade pública, gratuita e qualificada, e que o reposicionamento da gestão da Unimontes é uma importante conquista para os professores. Defender a nova carreira e a isonomia para os professores está na base da continuidade da Unimontes como instituição transformadora da realidade no sertão mineiro”, diz nota da entidade.
“Ressaltamos que Adunimontes se mantém alerta e vigilante na defesa dos interesses dos professores e professoras, na defesa da expansão da DE como regime prioritário da Unimontes, na implantação de uma carreira isonômica e na busca por investimentos públicos para o ensino, pesquisa e extensão”, finaliza a nota.
Via Waldo Ferreira – Assessoria de Comunicação da Adunimontes