A proposta de recuperação fiscal do governo Zema (Novo) ainda nem chegou à Assembleia Legislativa e já mobiliza a oposição de servidores da educação, que ameaçam uma greve contra as medidas. Foi o que ficou deliberado durante assembleia do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), na tarde desta quinta-feira, em frente à sede do legislativo mineiro.
“Nós já estamos em estado de greve! Isso quer dizer que pode ser deflagrada uma greve a qualquer momento. E nós vamos deixar uma assembleia indicada para assim que o governo encaminhar à Assembleia Legislativa o projeto do Regime de Recuperação Fiscal. Estamos alertas para a movimentação do governo Zema, que quer retirar os nossos direitos e isso nós não vamos aceitar”, afirmou a coordenadora geral do Sind-UTE, Denise Romano.
A previsão é que o governo apresente aos deputados o plano de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), programa da União de socorro aos estados, ainda neste ano de 2019. Para que o governo federal ajude o Estado com as contas, são exigidas contrapartidas como a privatização de estatais (Cemig, Copasa, Gasmig e etc); o congelamentos de reajustes salariais para os servidores; a proibição de realização de concursos públicos, entre outros pontos.
A categoria ainda reivindica o fim do parcelamento dos salários e do 13º de 2019, o cumprimento do piso salarial dos professores da rede estadual e a nomeação de candidatos aprovados em concurso público. Também está contra a fusão de turmas nas escolas da rede estadual de educação.