O ex-juizeco e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, em artigo no Globo, declara guerra ao populismo do qual abusou durante o período em que foi juiz da Lava Jato.

O populismo penal da força-tarefa restou evidente em todas as fases, nos últimos seis anos, o que gerou questionamentos sobre a legalidade das operações e das sentenças judiciais delas decorrentes.

O que dizer do famoso powerpoint de Deltan Dallagnol, que, mais tarde, somente na convicção e sem provas, fundamentou a prisão política do ex-presidente Lula?

A esse respeito o petista comentou mais tarde à luz do inquérito que agora investiga Moro no Supremo Tribunal Federal:

“As mesmas razões apresentadas no presente por Moro no exercício do seu próprio direito de defesa reforçam a necessidade de o sistema de Justiça corrigir os erros do passado, causados pelo próprio Moro.”

De acordo com a literatura política mundial, existem três tipos de populismo: o populismo-autoritário, o neopopulismo e o populismo não-autoritário.

Moro se enquadra no populismo-autoritário cujo subproduto é o populismo penal, aquele que prende e arrebenta, que tem a prisão como fetiche e vê na limitação da liberdade do indivíduo a panaceia para todos os males sociais.

O populismo penal de Moro e dos lavajatistas é uma praga que corrói o Estado Democrático de Direito.

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