Iniciativa é do vereador Rodrigo Cadeirante, que foi duro nas críticas à empresa

As constantes quedas de energia na zona rural de Montes Claros provocaram reação na Câmara Municipal, que aprovou moção de repúdio endereçada ao governador Romeu Zema, à direção da Cemig e aos deputados estaduais. A iniciativa do protesto é do vereador Rodrigo Cadeirante (Rede), reforçando as frequentes críticas que faz à empresa.

O documento cobra providências das autoridades em relação à inércia quanto a má qualidade do serviço prestado pela Cemig. A moção refere-se “às constantes e injustificáveis quedas de energia elétrica na zona rural do município de Montes Claros, fato que está acarretando inúmeros prejuízos, notadamente aos pequenos produtores, comerciantes e moradores”.

“Trata-se de covardia, safadeza, picaretagem e malandragem a postura que essa empresa está tendo com produtores, comerciantes e demais moradores da zona rural”, disparou. Ele lembrou que  anteriormente a Câmara já realizou audiência pública e enviou ofícios ao governador Romeu Zema (Novo), à Cemig e aos parlamentares estaduais, sem obter retorno.

Com a estiagem prolongada a situação ficou ainda pior, com pessoas tendo que andar longas distâncias para buscar água com vistas a evitar que o rebanho morra de sede. Além da perda da produção de leite e outros produtos, a falta de energia também inviabiliza a lavoura, pois as bombas de irrigação estão paralisadas. São constantes os descartes de leite, devido à falta de refrigeração dos tanques para armazenamento do produto.

No comércio o drama é o mesmo, já que sem energia não há como manter em funcionamento os freezers de armazéns e mercadinhos. E até equipamentos para pessoas com problemas respiratórios estão inutilizados, por conta da falta de energia.

Segundo o vereador, a situação é proposital e faria parte de uma “estratégia covarde e malandra” do governador para, alegando que a Cemig está sucateada, promover sua privatização. “Não caiam nessa. Saibam que a Cemig gerou lucro de R$ 4 bilhões para os cofres públicos e acionistas no seu último balanço”, salientou.

De acordo com ele, a empresa precisa é de um choque de gestão, em substituição às indicações políticas que promovem o ingresso de pessoas incapazes para ocuparem os cargos. “A moção é para demonstrar nossa indignação quanto à inércia de todos, especialmente dos deputados, que não levantam a voz contra essa covardia”, reforçou.

 

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