Documentos de quebra de sigilo obtidos pelo UOL mostram 12 anos de movimentações suspeitas e indícios de devolução ilegal de salários nos gabinetes de Jair Bolsonaro (enquanto deputado federal), Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro. Ex-funcionários – como Natália Queiroz, Jaci dos Santos e Mariana Mota – que tiveram sigilo quebrado sacaram a maior parte do salário das contas. As investigações sobre Flávio e Carlos continuam. O presidente não pode ser investigado enquanto estiver no cargo

O livro-caixa dos Bolsonaro – Por Fernando Brito

A reportagem de Amanda Rossi, Flávio Costa, Gabriela Sá Pessoa e Juliana Dal Piva, publicada hoje no UOL – assista a versão em vídeo ao final do post – não é um álbum de retratos de família dos Bolsonaro.

É um livro-caixa do negócio familiar a que o clã se dedicou, com sucesso e afinco, nas últimas três décadas.

Como nas rendas milicianas, o esquema de extorsão e de funcionários cujo trabalho era, essencialmente, receber os salários para repassar ao coletor Fabrício Queiroz, por transferências bancárias ou mesmo em dinheiro vivo não era um acaso, mas uma regra.

Tal e qual Bolsonaro faz com os filhos, os repórteres numeraram – 1, 2, 3 e 4 – os relatos dos casos, que contam, em trocados miúdos, a história do ” de grão em grão, a galinha enche o papo” do negócio que foi criar a Família Mito Ltda.

Com a decisão do Superior Tribunal de Justiça – ainda pendente de recurso no STF – de anular as quebras de sigilo determinada pela Justiça do Rio, é provável que nada disso venha a ser cobrado nos tribunais.

Mas pode, quem sabe, ser cobrado no voto

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