De olho em 2020 – Por Pedro Neto

A menos de 20 meses das eleições municipais, o município de Montes Claros passa por uma verdadeira transformação. A população convive com um novo modelo de administração que, aos poucos, devolve à cidade o prestígio de polo regional, buscando para si a responsabilidade de alavancar o desenvolvimento do Norte de Minas, vales dos Jequitinhonha e Mucuri, onde se situam mais de 90 outras pequenas e médias cidades. Ao mesmo tempo, já não será surpresa para ninguém um possível anúncio de reforma administrativa, em breve, com mudanças de integrantes dos primeiros e segundo escalões da Administração do prefeito Humberto Souto (PPS).

Vamos às evidências: secretários, adjuntos ou diretores, com forte influência na Prefeitura já foram exonerados ou pediram afastamento dos respectivos cargos: Vero Franklin (Desenvolvimento Social), Coriolano Ribeiro (Fazenda), Benedito Said (Educação) e outros, que sabemos e, por questões éticas não divulgaremos. Integrantes do segundo escalão também já deixaram ou foram convidados a deixar a embarcação, comandada pelo prefeito, que não aceita interferência e nem palpites nas decisões, sejam para bater ou assoprar, em adversário ou aliados. Ao pé da letra, vale a hierarquia: a decisão final é do ministro e pronto.

Outro motivo que também justifica a necessidade de reforma: mais de 20 integrantes do primeiro e segundo escalões, ligados diretamente ao grupo do prefeito têm interesse em disputar as eleições do ano que vem. Sem citar nomes, para não trazer constrangimentos ou fazer propaganda antecipada, basta citar que a maioria deles já teve cargos eletivos ou insistem em ser eleitos, com chances reais ou não. A situação, sem dúvidas, gera ciúmes e disputa de poder, uma vez que todos os olhares se voltam para a disputa de 2020 e isso, sem dúvida, pode atrapalhar o bom andamento das obras, projetos e ações em prol da coletividade que, diga-se de passagem, vem surpreendendo os mais de 460 mil habitantes de Montes Claros e, também, os moradores da região, por causa da rápida recuperação fiscal e financeira e do avanço dinâmico da atual gestão, em todos os setores.

O terceiro motivo: a eleição da nova bancada de deputados, estaduais e federais. Os parlamentares, com certeza, vão influenciar a partir de agora, indicando seus nomes de confiança e, diga-se de passagem, nenhuma administração consegue resistir a esta “pressão”, porque necessita de apoio para emendas e busca de recursos estaduais e federais. Sem falar que a nov a mesa diretora da Câmara, formada por vereadores experientes, e que querem a reeleição, também pretendem saborear suas respectivas fatias no bolo que está pronto ou que ainda está sendo preparado, para conseguir os votos no pleito do ano que vem.

Portanto, que fiquem de orelhas em pé todo aquele que tiver cargo comissionado em Montes Claros. A reforma é quase inevitável, mesmo que seja disfarçada em remanejamentos de cargos e nomes. Sem falar na briga que já se vê nos bastidores para indicar o nome do vice que poderá disputar as próximas eleições no grupo que está no poder, uma vez que Humberto Souto surpreendeu positivamente e é nome forte para a enfrentar a reeleição. Quem viver, verá!

* Pedro Neto é jornalista e servidor público municipal

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